Sociedade... Social... Soci... Só? E eu?

sexta-feira, 25 de novembro de 2011


Precisei escrever um texto sobre o que eu achava de trabalho voluntário...Achei um tema interessante.Aí segue:

“A mudança não se dá na presença dos que sonham.” Paulo Freire
É fácil dizer que não ofereço nada à sociedade, pois a sociedade não oferece nada a mim. Mas tudo o que já mudou, já evoluiu e se fez novo – e bom – no mundo começou com um sonhador.A utopia só é utopia pois o sonhador nunca a viverá, mas isso não significa que ela não possa ser real.E eu sonho. Sonho com um mundo onde as pessoas querem fazer o bem não porque a vida seja boa em todos os momentos, mas porque ela vale a pena ser vivida.Sonho com um país que oferece educação não por manobra política, mas por respeito ao seu povo.Sonho com uma sociedade onde as pessoas não atravessem a rua por causa da cor ou (falta de) status social do outro.Sonho com universitários públicos que desejam retribuir em trabalho de qualidade a oportunidade de terem estudado bem e de graça.Sonho com crianças que possam brincar na rua sem medo de carro, de drogas, de bala perdida ou, pior, medo de outras pessoas.Sonho com uma professora do jardim da infância que ganha o mesmo salário que um pediatra. E que é reconhecida pelos pais como quem cuida da educação dos seus filhos todos os dias e não apenas da saúde, quando necessário.Sonho com a conscientização social à quem teve menos informação.Sonho que não existem crianças abandonadas, pois todas foram desejadas, queridas e amadas.Sonho que alguém dê bom dia no semáforo ao invés de pedir dinheiro.Sonho que só haverá um papel de bala no chão quando este voar do lixo e alguém o irá recolher.Sonho com uma tecnologia sustentável, mas não seletiva.Sonho que informação e amor sejam compartilhados e não comprados.Sonho com um mundo que não é o onde eu nasci e que não é onde eu morri, porque eu vou morrer.Mas esse mundo vai existir. Eu não estarei presente pra ver, mas eu preciso sonhar.E começar a agir, sem ganhar nada por isso, apenas a alegria de deixar.

Uma serenata para todos

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


"Se você está sofrendo por causa de um amor perdido, eu tenho más notícias: não há nada que você possa fazer.
E não há ninguém que possa ajudá-lo.
Na melhor da hipóteses, você vai ter um amigo paciente pra levá-lo a um bar e ouvir suas queixas. E, eventualmente, buscar você em um bar e levá-lo pra casa com segurança nos dias em que você se comportar feito um bobo.
Na verdade, até existe alguém capaz de curar sua dor. Mas esse alguém não costuma ter pressa.
Porque ele se chama tempo.
Portanto, procure levantar sua cabeça e dar um passo adiante, por menor que seja. Porque você ainda tem um longo caminho a percorrer nesse inferno.
Ter pena de si mesmo não vai ajudar em nada.
E, por mais que você não acredite, eu posso garantir que você sente algum prazer em cultivar esse sofrimento.
Sim, estar triste é uma forma de exercer a paixão, quando o alvo dessa paixão já se foi.
Você está usufruindo o seu direito de viver eternamente apaixonado.
Isso é ótimo! Prova que você é um romântico!
Mas, coisas ótimas não costumam ser baratas. E você tem que pagar seu preço.
Em algum momento tudo isso vai passar.
E, nesse caso, quando o furacão for embora, ele não deixará destroços.
Tudo estará em seu devido lugar. Como se nada tivesse acontecido.
Você vai recuperar suas noites de sono.
Vai se sentir revigorado, vai estar feliz consigo mesmo.
Vai levantar sua auto-estima.
Você vai estar pronto para entregar seu coração a outra pessoa.
Mesmo correndo o risco de parti-lo em mil pedaços novamente.
Porque o amor sempre vale a pena!"



Não costumo publicar textos alheios. Mas esse vídeo mereceu.
Vou até evitar qualquer comentário porque tenho medo de estragar tudo o que diz.






ps: Confesso que estou sentindo uma pontinha de remorso por fazer propaganda do concorrente de quem paga meu salário sem ganhar nada! =x

Sinais

domingo, 23 de outubro de 2011



Ela jamais entenderia o que significavam aqueles sinais. Grosseria, falta de força de vontade e negligência não faziam parte do seu vocabulário.
Como se fosse necessário o ônibus balançar mais do que o normal, como se para notar a presença de alguém ao seu lado esse desconhecido realmente precisasse roçar a sua perna para marcar território, como se não bastasse o cheiro de dia inacabado com um gole de cansaço.
A única coisa desejada - se é que ainda era digna o suficiente de desejar algo - era chegar em casa e ser recebida. Não necessariamente bem recebida, apenas não mal.
A única ânsia era fechar os olhos por 25 minutos perdidos enquanto Bonner dizia "Boa noite!".
E ao ir para a cama apenas saborear o hálito de menta recém molhado.
Mas ela jamais entenderia os sinais.
Em meio a tantos assuntos desconexos, falta de tato e de humor - outrora tão presente - apenas o que permanecia era o singelo "tudo bem".
Mas "tudo bem" nunca foi um sinal, não poderia ser.
Depois de tanto tempo, tanto esforço, tantas conversas, tanto amor trocado com o suor de algo que não era dela... Agora tinha que estar tudo bem. Era o que se esperava.
Mas as almas não são simbióticas.
O humor, como o tempo - e com o tempo, não acaba. Se não havia mais sorrisos ali, em algum lugar havia de se ouvir o eco do tintilar dos dentes.
Ela devia ter entendido os sinais.
Porque em algum lugar outra era bem recebida, outra cochilava no colo ao mexer nos cabelos durante o jornal, outra saboreava o hálito.
Por que ela não entendeu os sinais?
Precisou faltar o ônibus, faltar o sono, faltar o humor, faltar... Para resolver falar abertamente.
É claro que ela já esperava, mas a insensibilidade foi tão grande que chegou a doer até no espaço vazio.
Como ela não entendeu os sinais?
Juntou todas as faltas que sobraram, guardou com as penas, com o copo de café misturado com saudade e a camiseta velha.
Num saco de lixo colocou cuidadosamente aquele falso amor, as palavras malditas e as não ditas, embrulhou com toda a insensibilidade recebida e mandou embora, sem direito a reciclagem.
Com o tempo encontrou um novo sorriso para preencher.
Mas antes de tudo, comprou um par de óculos... Afinal, os sinais ela precisaria começar a enxergar.

O que te limita?

quinta-feira, 29 de setembro de 2011


O que você gosta de ouvir???
Sério? Mesmo?
Quer me fazer pergunta cretina mais corta clima é só me perguntar isso.
Até entendo que tem pessoas que não conseguem manter um assunto aleatório e querem continuar a conversa e tal. Mas nessas horas é melhor falar sobre o tempo, sobre o jogo do Brasil etc.
Por que raios eu tenho que definir o que eu gosto de ouvir???

No ônibus, de volta do estágio, eu estava analisando o  meu ipod. Sou uma pessoa realmente eclética - e não acho isso uma anomalia da natureza. Em sequência de álbuns, apenas a título de ilustração, meu pequeno objeto musical tem: rock, indie, folk, instrumental, mpb, pagode, forró, funk, sertanejo, pop e gospel. São quase todos os estilos musicais existentes e eu juro que não inclui nenhum pra exagerar aqui. E eu realmente ouço todos. Mas cada um de uma vez. Nunca na vida eu vou usar o modo aleatório com todas as músicas. Simplesmente porque não faz o menor sentido ouvir Led Zeppelin e logo em seguida Jorge e Mateus. São fases diferentes, momentos diferentes.
Gostar de coisas diferentes não significa que você precisa fazer tudo ao mesmo tempo.
Ninguém come feijoada com peixe. Mas nem por isso alguém precisa necessariamente escolher um dos dois pra comer pra sempre.

Então quando alguém me pergunta o que eu gosto de ouvir, eu fico com aquela cara de meia.
[OBS: "cara de meia" é aquela cara que você faz quando alguém te dá um par de meias de presente. "É isso aqui mesmo? Um par de meias? Puxa... obrigada!"]
E aí sou obrigada a responder "ah... eu gosto de tudo". E me sinto uma tapada. Pareço uma pessoa completamente sem personalidade. É claro que eu tenho algumas preferências. Mas tenho as minhas preferências dentro de cada gênero musical, dependendo da fase que eu estou vivendo. Deu pra entender?

É tipo: "o que você gosta de fazer?". Eu vou fazer o programa que tiver a companhia mais agradável e combinar com o meu estado de espírito.
Ou então: "qual é o seu estilo?". Por que eu preciso ter um estilo específico. Eu não vou trabalhar de chinelo e nem vou de scarpin pra faculdade. Isso não significa que eu seja largada e nem clássica.

As únicas duas coisas das quais gosto de me limitar na minha vida são a minha crença e minha orientação sexual.
Acredito em Deus.
Gosto de homens. E um de cada vez, obrigada.

Menina pra namorar

terça-feira, 20 de setembro de 2011


O que é "menina pra namorar"?
Já quero começar o texto logo de cara pedindo comentários. Sério, defina no campo abaixo o que seria essa tal de "menina pra namorar".
É uma princesinha numa redoma de vidro? Aquela moça arrumadinha, com cara de santa, que só tem contato com álcool nos seus remédios de homeopatia e solta flatulências com cheirinho de lavanda. É isso?

Já entrei em algumas longas discussões de como a maioria dos homens adora ficar com aquela garota parceira, que anima qualquer programa, que usa decote e topa um hamburguer na madrugada, mas na hora de namorar é aquela princesinha sem-sal que é escolhida.

Uns (bons) meses atrás eu jogava longas conversas fora com um blogueiro famosinho de São Paulo por msn (não citarei nomes). Até que um dia trocamos orkut e fui obrigada a ter o seguinte diálogo absurdo:
ELE - "Nossa, você deveria tomar mais cuidado. Com as suas fotos do orkut! Eu ficaria com você, mas nunca te levaria a sério."
EU (sem entender nada) - "Como assim, por que?"
ELE - "Um dos álbuns só tem foto de festa, um monte de gente junta, só bagunça, isso não passa boa impressão."

Fiquei sem reação.
Como assim? A pessoa nunca me viu na vida, não sabe metade dos meus valores e ideias e vem me julgar como "menina pra não-namorar" por que eu tenho fotos com os meus amigos? Oi?
Vale frisar que eram todas fotos realmente com amigos, em nenhuma eu estava bêbada e não tinha absolutamente nenhum resquício de pouca vergonha, eram apenas festas.

Mas então cheguei à conclusão: não eram as fotos. Era a ideia distorcida que as pessoas tem pra algo que eles querem acreditar.
Receita: universidade pública + festa de república + amigos + cerveja + diversão = "menina pra não-namorar".

Conheço ótimas garotas festeiras, que bebem, se divertem, são parceiras em todas as horas e são ótimas namoradas, que sonham em se casar e ter uma família como aquela sem-sal que fala com voz irritante, querendo ser meiga as 24 longas horas do seu dia.

Na época lembro que cheguei a pensar sobre isso. Será que eu estava errada? Será que pra conseguir que um cara me visse com respeito eu precisava tirar aquelas fotos de lá e mudar a minha vida social que me faz feliz?
Não. Achei que se um homem precisasse ter em consideração as minhas fotos e as minhas festas para julgar se deveria ou não me levar a sério, ao invés dos meus pensamentos e valores, era esse homem que não merecia o meu respeito.

Procurando alguma coisa?

domingo, 11 de setembro de 2011


Podem dizer o que for, mas os ditados, por mais chatos, clichês ou sem sentido que pareçam, sempre existem por alguma razão. Todo mundo consegue encontrar um ditado que case com sua situação, ou com o que está pensando.
Particularmente, acho que um dos melhores ditados de todos os tempos é o clássico "Quem procura, acha!". Minha mãe sempre me repetiu isso, pois desde sempre tenho uma dificuldade crônica para encontrar as coisas perdidas pela casa - ou pelo buraco negro do armário. No entanto, hoje vejo esse ditado com outros olhos. Ele se encaixa perfeitamente não apenas quando você precisa do guarda-chuva e está com pressa, mas em qualquer situação em que você queira - ou não - encontrar algo.
Principalmente quando, no caso, você não quer. Sabe aquela história do "cuidado com o que você deseja"? Segue a mesma linha de pensamento. Cuidado com o que você procura, porque você vai achar!


"João e Maria estão bem e felizes. João tem uma certa dificuldade em conviver com a felicidade sem preocupações. João fuça loucamente em todos os arquivos virtuais e não virtuais de Maria. João nem sabe ao certo o que está procurando, mas está! João encontra um histórico de MSN. João lê:
"Luiz diz:
Maria, eu te amo!!
Maria diz:
=)"
João enlouquece. João passa 2h47min brigando com Maria. João e Maria terminam.
Luiz era um amigo de infância de Maria. Luiz ia pedir Clara em casamento, outra amiga de infância. Maria havia encontrado uma foto dos três aos 13 anos, amigos inseparáveis. Luiz ficou muito grato e mandou um sincero 'eu te amo'.
- Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência -"


O tal João da estória achou o que procurava. Maria não estava fazendo nada! Mas ele achou. Pra quem procura, apenas o psicológico basta.
Ele ainda deu sorte. Perdeu a Maria, mas saiu ileso. Em geral acabamos encontrando algo que existe de fato, sem necessidade do psicológico.
Mas então me perguntam: como não procurar??? COMO?
A receita é simples: uma xícara de chá de limão com mel, berinjela frita passada no açúcar, um gole de coca com conhaque e - o mais importante - ignore sua essência humana.
Viu como é fácil?

Sentimentalismo Facebookiano e outros mimimis...

terça-feira, 30 de agosto de 2011


Sou a favor de existirem certas regras de etiqueta para uso de facebook e outras redes sociais.
Mark Zuckerberg inventou tanta coisa legal na sua rede - vai dizer que nunca ficou abismado com certas pessoas sugeridas ou com o algoritmo de pessoas importantes que ele faz automaticamente pra você! Deveria criar mais uma: sentimentalismo acima de um determinado limite e "mimimi" demais é banido na hora.

E eu nem vou falar sobre as "pessoas que amam demais", que de tão absurdo me recuso a discorrer sobre. O problema é até outro.
Amigo, facebook não é psicólogo!!! Se você está triste, vai procurar um! Ou então, procure um amigo de carne e osso a quem você conte seus problemas sem precisar se expor. Gente que reclama da vida na nossa orelha já é irritante, gente que reclama da vida na nossa home é pra acabar! E aí me perguntam por que eu excluo as pessoas!

E a auto-promoção então??? Só nos últimos 10 dias apareceu umas 15 pessoas diferentes publicando:
"Se você é puro, inocente, tímido, não bebe e é pra casar, publique isso no seu mural!"
Puta que parmito!!! Quem vai querer casar com alguém que é puro, inocente, tímido e que não bebe? Que chatice! Alguém que tenha 1 dessas "qualidades" até que é aceitável... Mas puro, inocente, tímido e que não bebe, tudo em uma pessoa só? Não dá nem pra manter uma amizade desse jeito!

E aquele aplicativo dos signos? Eu não sou ligada nessas coisas, mas até onde eu sei a única pessoa a quem seja relevante o seu mapa astral é pra você mesmo.

Mas talvez o pior de todos sejam as pessoas "fofinhas demais", "bonitinhas demais", "certinhas demais" que acham lindo ficar esfregando esses "inhas" irritantes na nossa cara.
Na boa, se eu quiser começar o meu dia e melhorar a minha vida com uma frase feita, eu vou na Nobel e compro um livro de auto-ajuda!
Pras fofinhas de plantão: ser meiga não significa vomitar um arco-íris a cada 5 minutos.

Em resumo, todos esses tópicos de artifícios facebookianos insuportáveis não passam de ferramentas que as pessoas usam tentam usar pra se auto-afirmar.
E eu me pergunto: pra quê isso???
Por que as pessoas precisam se auto-afirmar demonstrando "amor" exageradamente, fazendo self promotion, dizendo que o seu signo é o que beija melhor e mandando mensagens fofinhas tiradas dos power points que a gente recebia no ano 2000?
Não estou julgando (estou tentando não julgar, juro!). Deixo aos psicólogos explicarem porque na era digital as pessoas precisam mostrar que são ao invés de simplesmente serem.

Enfim... Mesmo não julgando (estou tentando, mesmo!), ainda acharei um absurdo quando ver e continuarei te excluindo ou simplesmente não te aceitando, porque você é chata(o). Ok?
Mas não é nada pessoal. Me cutuca que fica tudo certo!
[Isso foi uma piada. Achei válido ressaltar]

"I wanna hold your hand..."

segunda-feira, 15 de agosto de 2011


Para alguém que está longe... quando na verdade deveria estar perto.

Todos temos alguém por quem talvez morreríamos, se fosse preciso.
Todos temos amores que não deram certo, e continuaram sendo amores.
Todos temos saudades urgentes que sabemos que não podemos matar e que ela também não vai nos matar - mesmo chegando perto.

Uma música diz "Como pode ser gostar de alguém, e esse tal alguém não ser seu?". Mas, como pode ser ter alguém e esse tal alguém não estar?

Todo mundo tem alguém que conheceu do nada e nunca mais esqueceu o sorriso.
Todo mundo tem alguém que fez promessas e quebrou, mas mesmo assim continuou amando.
Todo mundo tem alguém que faz do McDonalds o melhor restaurante do universo, por estar sentado ao lado.

Todos temos alguém que lembramos com alguma música idiota e com Estatística.
Todos temos alguém com quem "tomaríamos banho gelado no inverno"...

Todo mundo tem um amor que não consegue descrever.
Todo mundo tem um amor que não consegue amar.
Todo mundo tem uma torta congelada na memória.

Todos temos alguém que andaríamos de mãos dadas em qualquer lugar.
Todos temos alguém que sabemos que não temos...

Você não tem???
Eu tenho...
Sinto saudades.

"Não é o momento certo..."

quarta-feira, 3 de agosto de 2011


Não acredito em "momentos".
Desculpe-me, eu não acredito mesmo.

Eu acredito em sim e não.
"Gosto de" é um sim.
"Não gosto de", "não sei se gosto", "gosto um pouco", "não gosto o suficiente", etc... tudo isso é um não.
É claro que existem momentos que facilitam as coisas. Assim como também existem momentos que dificultam. Mas, por mais que eu tente, não consigo aceitar que um "sim" ou "não" possam ser determinados pelo momento. Coitado do momento, ele não fez nada pra precisar assumir esse tipo de responsabilidade.

Quando o "sim" é de verdade, meu amigo, não tem momento ruim nessa vida que estrague isso.
Eu sou um péssimo exemplo pra falar disso, um exemplo bem hipócrita, eu diria. Mas, mesmo assim, meus sentimentos são tão paradoxais que só porque vivo uma coisa não significa que eu concorde com ela.

Está na hora das pessoas começarem a assumir certas responsabilidades e pararem de culpar o coitado do momento.
Se você gosta, de fato, de alguém, se você quer fazer alguma coisa, se você quer dizer alguma coisa, ou não quer... Enfim, se você tem um "sim" não deixe o momento atrasar isso.

O primeiro passo para a dignidade, para parar de machucar os outros e a si mesmo é antes de tudo assumir sua posição. Relacionamentos já são difíceis o suficiente sem precisar ter a dúvida de uma pessoa no meio. Não sujeite alguém a sofrer por você só porque você "não sabe o que quer" da vida.
Se você "não sabe" mande um não e corte o mal pela raiz. Não cultive a espera de alguém em cima de algo que não existe só porque você não tem culhões suficientes pra jogar um não.

E se você está do outro lado e tem alguém morno na sua vida. Corte você mesmo. O modo do corte? Cada um procure o melhor pra si.
Não me importa quantas vezes vou ser chamada de radical, extremista ou "racional demais" por pensar dessa forma.
Acontece que de todas as outras formas que eu já agi essa é a mais fria, a com menos sentimento. Parece estupidez, mas, consequentemente, também é a que menos dói.

Senhor Ronald e suas palhaçadas!

quarta-feira, 27 de julho de 2011




Antes de tudo, não me venham jogar pedras!
Eu já sei que sou quase uma aberração da natureza por chegar ao balcão do M gigante e pedir "um Mc Fish, por favor!".
Meus amigos não entendem como eu posso pedir esse lanche, mas continuo defendendo a ideia de que as pessoas só não entendem porque nunca experimentaram. Eu garanto que é delicioso!

Enfim, o Mc Fish é um dos meus lanches favoritos desde criança. Toda vez que não estou com muita fome é ele que eu peço. [Isso porque é realmente pequeno e eu sempre tenho a impressão de diminuir cada vez mais]
Há algum tempo eu tenho notado uma queda da qualidade dos lanches, não apenas do Mc Fish, mas de todos. Mesmo assim, velhos hábitos são difíceis de mudar. Já havia tido a impressão de que estava com menos queijo, mas nunca cheguei a abrir o lanche pra ver, afinal, nessas horas a gordice sempre fala mais alto.
Porém, hoje quando fui comer abri a caixinha azul cheia de esperança e me deparei com um lanche que parecia ter apenas pão e peixe. Óbvio que dessa vez eu fiz uma leve cirurgia no coitado. Tinha pouco molho tártaro, mas até aí, não reclamo, é um molho forte. Estava na quantidade ideal pra mim. Porém, quando vejo a parte de baixo... Surpresa!!! Tinha apenas meia fatia de queijo no meu lanche! Sim, meia fatia!

Minha irmã fez o mesmo pedido, na hora mandei ela abrir o dela também. Dessa vez, sem muita surpresa: novamente outra meia fatia.
Comi, mas não ia deixar barato.

Depois de estar (não tão) feliz, de barriga cheia fui falar com o atendente.
"Escuta, tinha apenas meia fatia de queijo no meu Mc Fish. E no da minha irmã também!"
"Olha moça, é assim mesmo! Ficou decidido que o Mc Fish teria apenas meia fatia de queijo para poder ressaltar o sabor do peixe, que é o que realmente importa nesse lanche!"

O que??? Como assim??? Então os lanches de carne bovina deveriam ter meia folha de alface, meia rodela de tomate e meia fatia de queijo também! Afinal, o que importa é o boi!
Simplesmente um absurdo!
Mas o preço eles não cortam pela metade, né???

Voltei para casa inconformada, com a sensação de que - além de ter comido algo pela metade - o atendente ainda tinha tirado uma onda com a minha cara.
Para a minha segunda surpresa do dia. Li um post antigo no blog Coma Com Os Olhos falando sobre a mesma patifaria! Nesse caso, o gerente disse pra moça que nos procedimentos de como fazer os lanches realmente estava escrito meia fatia de queijo para o Mc Fish, que antes era uma fatia inteira, mas foi mudado!
E o pior é que a lanchonete do palhaço maldito não tem nem um cardápio sequer especificando exatamente o que tem em cada lanche para nos defendermos!

Considerações:
- O lanche é infinitamente melhor com a quantidade de queijo comum, e o sabor do peixe não é alterado por causa disso.
- Será que o Mc Donalds, sendo o que é, precisa mesmo desse tipo de "corte" nos produtos? Porque obviamente essa desculpa do "sabor do peixe" é pura balela.

Curiosidade:
Há uns anos (entre 7 a 10 anos, creio) para ter uma ideia eu me lembro de que o filé de peixe e o queijo eram maiores que o pão! Lembro-me disso pois eu tinha uma espécie de "ritual" para comer o Mc Fish: primeiro comia as 4 bordas do peixe+queijo para só então morder o pão. Tipo aquele ritual para comer Tortuguita, saca?

Conclusão:
Não. Eu não vou parar de comer no Mc Donalds, muito menos vou parar de pedir o Mc Fish. Não me venha dizer que o sistema é opressor e blablabla.
No entanto, a próxima vez que eu pedir o Mc Fish deixarei bem claro que eu quero uma fatia inteira no meu lanche. Ficarei feliz com o adesivinho "Feito especialmente para você!".


Utilize o campo de comentários abaixo para deixar registrado alguma palhaçada do nosso amigo Ronald! Eu sei que você já viveu alguma!

Foutaises

quinta-feira, 21 de julho de 2011


Assisti novamente "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain" essa tarde. Já perdi a conta de quantas vezes vi esse filme e não me canso, apenas me delicio cada vez mais. É tão encantador quanto "Elizabethtown", cada um com suas peculiaridades.
Além da trilha sonora absolutamente deliciosa, por Yann Tiersen, algo que me hipnotiza no filme são as cores. Já repararam como o filme inteiro é composto basicamente de vermelho e verde? São cores complementares, se já prestou atenção naquele círculo cromático. Por serem complementares criam um forte contraste na imagem, assim conseguimos prender a atenção a outros detalhes da cena. Inclusive também há vários tons em amarelo e pastel para destacar... Enfim, a fotografia desse filme é simplesmente linda.
Também adoro o modo da Amelie ver as coisas. Como ela se apaixona pelo Nino e principalmente a relação dela com o "Homem de vidro", lindo, lindo, lindo!

Depois de ver o filme me lembrei de um curta do mesmo diretor, Jean Pierre Jeunet, chamado Foutaises. Há muito tempo tinha visto esse curta e resolvi procurar no youtube.
Segue aquela mesma linha de "gosta de" e "não gosta de" feita com alguns personagens do filme. Inclusive o curta é com o mesmo ator que interpreta o hilário Joseph.
Deixo aqui o curta, para servir de inspiração e "Foutaises".

Eu gosto de pão quente, saído do forno... sem manteiga, só pão.
Eu não gosto de ouvir "Posso ajudar?" quando entro numa loja.

E eu ia escrever um texto sobre a internet. Na verdade já comecei esse texto umas 3 vezes desde março e sempre paro no meio. Acho que não é para escrevê-lo. Mudei de ideia. Eu gosto de mudar de ideia.

Do que você gosta e do que não gosta?

Telefone sem fio

sexta-feira, 8 de julho de 2011


Eu falo
Tu mudas
Ele ouve
Nós dançamos
Vós ficais puto
Eles acabam com a amizade.

Levanta a mão e dá um grito quem nunca brincou de telefone sem fio.
cri cri cri... ninguém?
Óbvio! Todo mundo já brincou disso umas 349 vezes na vida...
E eu fico realmente abismada como, com essas 349 vezes, não se aprende. Não é uma simples brincadeira infantil e inocente. De muitas brincadeiras da infância, sem dúvida, essa é uma das mais importantes. E a lição que ela traz é muito simples - além de real, claro: "fofoca não presta!!!".

E eu nem estou filosofando sobre fofocar ou não. Acredito que, assim como outras merdas mais, a fofoca também faz parte da essência humana. Você muitas vezes nem quer prejudicar ninguém, mas mesmo antes de perceber está lá, fazendo algum comentário pejorativo (ou não) sobre alguém. Então não entrarei no mérito de discutir valores sobre o que se deve ou não falar, cada um fale do que achar necessário, pra quem quiser.

Mas a lição principal da brincadeira é o valor da fofoca, que obviamente deve ser zero.
Eu não gosto de ser radical com as pessoas, radicalismo muitas vezes é achar que se é tão superior a alguém ou algo que nem mereça ser discutido. Mas não posso evitar algumas vezes. Se a pessoa resolveu dar um valor indevido a algo que ela ouviu sobre mim e que passou por pelo menos umas 3 pessoas diferentes antes de chegar nela... sinto muito. Essa pessoa não merece o meu trabalho de "me explicar".
Soa tão ridículo que eu fico irritada só de escrever sobre isso. Se a informação passou por umas 3 bocas antes do seu ouvido é óbvio, é claro, é transparente que houve uma mudança significativa nas palavras e no contexto. Todas as crianças do mundo percebem isso na brincadeira e acham engraçado como a frase chega completamente distorcida no final. Mas na vida real não é engraçado.
Se você ficou triste com algo que disseram sobre você pare pra pensar no sentimento da pessoa que está pagando por isso, talvez sem nem ter culpa no cartório.
Todos temos o direito de tirar satisfação sobre a imagem que está sendo passada por aí. Mas faça isso com o mais interessado.
Me tira do sério pessoas que "cortam as relações" com outras por causa de coisas que "ouviram".
Mas tudo bem... Acho que podemos ignorar este fato. Afinal, se a pessoa cortou relações por algo que ouviu de terceiros é porque na verdade o "primeiro" não era tão importante assim.





Se você já foi vítima de fofocas e pessoas que acreditaram nelas deixe seu recado no campo abaixo! Obrigada!

Saudades do que não foi...

domingo, 19 de junho de 2011



O que é isso, Coração? Faça-me o favor!!!
Como se não bastasse todas as saudades que já batem na porta diariamente, incansavelmente, aquelas concretas, aquelas marcadas, aquelas com datas, aquelas com rosto... Ainda me vem uma diferente: saudade do que não foi.
Se é que é possível um sentimento desse. Sem pé, nem cabeça. Sem nada, vazio. Não foi.
Como é possível ter saudade do que não se viu, do que não se teve, do que não sentiu? Pode isso, Coração? Me explica!
Essa saudade é diferente. Dói mais do que as outras. Porque o que não foi é perfeito. Mas não dói. Não é dor. Como pode ser dor, se não é saudade? Como pode ser saudade, se não foi?

Ahhh coração, não é certo isso, não!
Aquele lugar era lindo... mas eu não vi.
Aquela roupa era tão confortável... mas eu não vesti.
Aquele beijo era tão apaixonado... mas eu não beijei.
Aquele dia era tão florido... mas eu não caminhei.
Como pode esse aperto pelo que não foi? Como pode pedir que volte o que não existiu?
De todos os paradoxos da vida essa saudade é a que mais me intriga.
Coração, para um músculo que funciona num ritmo perfeito, está buscando muitas saudades imperfeitas.
Clarice disse que a saudade é o sentimento mais urgente que existe. E essa saudade que não é saudade? Tem urgência que defina?

Voltem, dias que não tive! Que é pro meu coração parar com esse saudosismo sem razão e eu viver de novo o que não vivi.

Coisas de faculdade...

quarta-feira, 15 de junho de 2011


Depois de 4 anos na faculdade, hoje enxergo muitas coisas. Algumas boas, outras nem tanto e outras ótimas.
Primeiro de tudo, eu aprendi que na faculdade ninguém te ensina nada acadêmico, seus professores são pagos para aplicar terrorismo e, com relação ao curso escolhido, você vai aprender - por conta própria - apenas o superficial do que está marcado na sua grade curricular. Quando começa a trabalhar é que se aprende mesmo, na raça, e ainda assim, apenas o necessário.
Portanto, a universidade não é uma formação acadêmica. Ela apenas te dará seu diploma, por mérito próprio, não dela!
É uma "escola da vida". Onde você aprende a ser jovem para virar adulto.
Então, sem falar de Química, vou definir em algumas linhas minhas principais lições os últimos anos. Algumas por vivência, outras por observação. Mas todas - ou quase todas - elas podem ser aplicadas de alguma forma na nossa vida além-acadêmica.
Na faculdade eu aprendi...
Que o dinheiro não é essencial, ele apenas facilita o processo.
Que cerveja é moeda de troca.
Que não importa quão nerd você seja, sempre tem um maconheiro pra passar sua frente.
Que o vestibular é fácil.
Que um dia você se dá conta de que o momento mais alegre da sua vida foi aquele em que você tinha tinta dos pés à cabeça e estava completamente perdido.
Que donos de xerox são ricos, mesmo cobrando apenas R$0,10 por cópia.
Que 1 lapiseira, 1 borracha, 1 caneta bic e 1 folha emprestada é o suficiente.
Que é possível tirar 0,5 na primeira prova e passar!
Que é possível tirar 8,0 na primeira prova e reprovar!
Que supermercado é para coisas essenciais e bolacha Calipso é um agrado da sua mãe.
Que as pessoas te surpreendem, pra bom e pra ruim.
Que nem sempre os que tiram as melhores notas são os que ficam melhores na vida.
Que competir no futebol sem ter a menor idéia de como se chuta uma bola (e ganhar!) é algo normal.
Que biblioteca é um ponto de encontro, não de estudo.
Que você VAI ter o maior porre da sua vida e vai sobreviver [e vai jurar nunca mais beber!].
Que cerveja é bom (ponto final) - mesmo que no colegial você achasse a pior coisa do mundo.
Que você pode ter amigos drogados e nunca experimentar nada.
Que você pode ser o mais bêbado do campus e seus amigos só tomarem suco.
Que quando tem greve ninguém pensa em você! (Principalmente o dono da lanchonete mais próxima)
Que sempre tem alguém que estraga a sala, o curso, a sociedade...
Que acordar 5 minutos antes da aula é tempo suficiente.
Que ir pra aula de pijama é normal.
Que com R$1,90 é possível ter uma refeição.
Que se você ajudar alguém, você talvez seja ajudado.
Que se você não ajudar ninguém, você nunca será ajudado.
Que o mundo é burocrático demais... e isso começa na sua seção de graduação!
Que os melhores programas da sua vida são os que não foram programados.
Enfim...
Que os melhores anos da sua vida passam muito rápido, mas as suas lições são pra sempre!

E você? O que você aprendeu na faculdade?



Na foto: trote da Filô (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras) - USP Ribeirão Preto (2011)

Não é voc...É, é você sim!

segunda-feira, 30 de maio de 2011


Existem dois tipos de homens que eu odeio, abomino:
1) Homens que na balada pensam que podem simplesmente chegar e te agarrar, como se você não tivesse vontade própria e estivesse ali ocupando aquele espaço da festa apenas à mercê dele.

2) Homens que querem que você dê um motivo para não querer ficar, namorar, dar ou casar com eles. O mais triste é que a grande maioria se inclui nesse grupo.
"- Denisclélton, eu não vou ficar com você."
- Mas por que não?
- Porque eu não quero!
- Mas por que você não quer???"

Porra!!! Não querer não é motivo mais que suficiente? Não quero porque não quero, porque não sinto vontade, porque não me atrai. Ou às vezes até atrai, mas simplesmente não quero.
Aí você precisa ficar procurando uma razão concreta pra dizer pro bendito e ele largar do seu pé. Algumas vezes essa razão existe, mas você não quer falar pra poupar o coitado ("porque você tem bafo, porque eu não gostei do seu beijo, porque sua risada é muito estranha, porque seu papo é entediante"). Enfim, mas [homens, pasmem!] muitas vezes realmente não existe um motivo concreto. A gente só não quer.
Um homem não chega em uma mulher que ele não quer ficar, certo? E ele não precisa dar motivos pra isso, se ele não quer, ele não tenta. Por que nós, mulheres, as criaturas mais lindas de Deus, precisamos ficar com um cara que a gente não quer, simplesmente porque não encontramos um motivo explícito para falar não pro dito cujo???
Nessa situação muitas acabam fugindo para a desculpa clássica: "Não é você... sou eu!"
A primeira pessoa no mundo que usou essa desculpa [que provavelmente era um homem] merecia uma morte lenta, muito lenta e dolorosa.
Por que falar isso? É óbvio que o problema é a outra pessoa, sempre é! É com ela que você não quer ficar.
Por que não somos mais sinceros? "Olha... não tem nada de errado com você, mas o problema é você sim. Porque eu não quero ficar com você! Se fosse outra pessoa eu poderia ficar, mas é você que eu não quero". Conclusão: O problema é você.

Vamos usar meu caso pessoal.
Estou numa fase muito chata. Eu vejo homens interessantes, até me atraio por eles, mas não quero. Simplesmente não quero. E eles são interessantes, mas não. A primeiro momento o problema sou eu (e eu posso usar a desculpa clássica), mas aí no meio de tantos outros tem um (ou dois) que eu olho e penso "nossa, com ele eu queria ficar" [obviamente esse não me quer, mas isso não vem ao caso]. E daí? O problema ainda sou eu? Óbvio que não.
Assim é a vida. Às vezes a gente quer, às vezes não. E não tem nada de errado nisso, pelo contrário, essa é a graça!

Então, parem de pedir motivos pra quem não quer ficar com você!

Ps: Falei especificamente dos homens, mas claro que isso se aplica a mulheres também. Tá cheio de mulher por aí querendo um motivo do cara e ele simplesmente não quer.
Homens, sejam sinceros dizendo que vocês não nos querem. Obrigada!

Querida Reação Química...

terça-feira, 24 de maio de 2011


Antes de tudo preciso dizer: o amor é uma filosofia de vida.
Amor é uma decisão, é uma segurança, é um estado de espírito. Não vou falar de amor.

Então, vamos falar de paixão.
Ficou muito mais fácil encarar e aceitar certas coisas depois que me dei conta de uma realidade muito simples: paixão é reação química.
Anfetamina é uma substância altamente estimulante do sistema nervoso. O êxtase por exemplo ("a droga do amor") é um composto sintético de anfetamina. E daí? E daí que a anfetamina é uma das principais substâncias produzidas no nosso corpo quando estamos apaixonados, assim como várias outras responsáveis pela sensação de prazer, felicidade, bem estar, adrenalina, enfim, tudo aquilo que a gente sente quando vê, pensa, fala ou está com a querida pessoa.
Mas, nem tudo são flores e eu já estou super saturada de todas essas paixões e suas reações.
E sabe o lado bom das reações químicas??? Elas acabam!!!
Graças à Deus uma hora tudo encontra o seu equilíbrio e todas essas substâncias, ora maravilhosas, ora desesperadoras, acabam! E aí você vai olhar para aquele cara que te fazia arrancar os cabelos e pensar "nossa, estranho... ele era muito mais bonito antes, parece meio desproporcional agora"; ou para aquela tão desejada loira e vai vir na sua cabeça "puts, 3 centímetros de raíz escura nesse cabelo alisado! Que menina estranha!".
Enfim, o cara desproporcional e a menina estranha são os tipos que você achou que nunca poderia viver sem, e passou!
Então, não se preocupe com o seu coração apertado agora, com essa sensação de "como eu vou acordar amanhã sem essa pessoa???". Lembre-se: são apenas reações químicas. Você só tem que esperá-las passar.
Não adianta fazer simpatia, arranjar outro pra fazer ciúme, dizer que nunca mais quer saber de relacionamentos. Vai passar sozinho, sem você fazer muito esforço. E uma hora vai reagir de novo, com outra pessoa. Pra passar de novo, ou virar amor, quem sabe.... Mas se não virar, passa!
Viu como a vida é boa?
E as pessoas ainda dizem que não gostam de química...


Utilize o campo de comentários abaixo para falar sobre as suas reações químicas!

ahhh, o amargo!

domingo, 13 de março de 2011


Eu sempre falo aqui sobre coisas que eu defendo, que eu penso, que eu acho interessante ou simplesmente sinto vontade de escrever.
Mas me dei conta de que nunca nem sequer citei algo muito importante, o centro da minha existência, o motivo pelo qual estou aqui, sentada na frente do computador, respirando todos os dias. Minha fé.
Desde quando eu era uma micro-Colgate eu vou à igreja. E Deus sempre teve um lugar muito importante na minha vida. Isso parece ser algo muito fácil, vendo de fora. E deveria mesmo ser, afinal, alguém que sempre teve a certeza não pode estar na dúvida, certo? Errado. Não é bem assim. Se você só se alimentasse de chocolate durante a sua vida inteira, como você poderia saber e entender que o chocolate é tão bom e tão doce? Isso até me lembra uma frase do filme Vanilla Sky: "sem o amargo, o doce não seria tão doce". Más atitudes nos afastam de Deus, mas elas também são as ferramentas para nos aproximarmos Dele.
Não venho de forma alguma defender o pecado ou atitudes "erradas". Até porque, o pecado é uma condição humana. Todo mundo peca, todo mundo sempre vai pecar e isso nunca vai mudar. O pastor, o padre, a moça que dá um testemunho comovente no domingo a noite e o assassino na cadeia pecam e pecaram do mesmo jeito que eu. Aliás, acho esse um dos principais motivos de por que é tão difícil falar sobre Deus a outras pessoas, às vezes. A maioria pensa que, porque você vai à igreja, é sua 'obrigação' ter certas atitudes e não ter outras. É claro que o cristão deve ter atitudes diferentes, este deve ser um dos focos. Porém, muitas vezes ele vai errar como qualquer outra pessoa, ateu, budista, espírita, panteísta, anyway...
Se ele vai errar do mesmo jeito, o que o diferencia então? É a fé, o conhecimento e a sabedoria de compreender o erro e não somente aprender com ele, mas usá-lo como ferramenta para poder fazer algo bom.
Não quero fazer deste texto uma pregação. Mas é isto que está na minha mente e no meu coração hoje.

Não julgue as pessoas pelos seus erros, você também erra.
Não seja duro demais consigo mesmo. Você deve ter um tempo para lamentar sobre o erro e depois um tempo para aprender com ele.
Sobre Deus? Ele vai continuar te amando infinitamente, de uma forma que você não vai compreender. Você só deve sentir.

Enfim... Era isso o que tinha que escrever hoje.

MÃOS

domingo, 27 de fevereiro de 2011


Mãos pra pegar.
Mãos pra tocar.
Mãos pra ver.
Mãos pra beijar.
Mãos pra lembrar.
Mãos pra andar.
Mãos pra acarinhar.
Mãos pra bater.
Mãos pra apontar.
Mãos pro prazer.
Mãos pra falar.
Mãos pra dizer.
Mãos pra negar.
Mãos pra chamar.
Mãos pra cruzar.
Mãos pra torcer.
Mãos pra casar.
Mãos pra cuidar.
Mãos pra você.


E depois ainda me perguntam por que acho as mãos tão importantes.

Boa demais para você - Por Tati Bernardi

domingo, 13 de fevereiro de 2011


Fala, eu aguento. Vocês foram embora apenas porque acabou o tesão, porque a assistente nova que apareceu prometia um sexo mais selvagem. Ou porque, uma vez tendo conseguido tudo de mim, vocês, caçadores, precisavam de uma nova presa. Ou porque é assim mesmo. As coisas começam e acabam. Tudo bem que ando meio sem "meio" nessa infinidade de começos e fins. Tudo é muito rápido. E daí vêm minhas amigas e analistas e livros e filmes e peças de teatro e tias e mães de amigas: eles têm medo de você. Porque você ganha bem, porque você tem opinião, porque você namorou muitos caras, porque você é crítica, porque você é inteligente. Ah vá! Noel e Coelhinho da Páscoa também foram embora porque nós, mulheres modernas, assustamos eles. E que mulher em pleno 2011 não é moderna? Que papo mais besta e mentiroso. Espia aí da sua janela. Por acaso você vê alguma virgem andando de anágua na rua, acompanhada de um homem para não ficar mal-falada? Por favor, me ajude a parar a disseminação desenfreada dessa falácia. Fale para sua mulher "tô indo embora porque você tem bafo". Ou ainda "tô indo embora porque odeio o som que você faz pra limpar a garganta de manhã". Pode ser bem sincero mesmo, "tô indo embora porque preciso comer alguém mais magra". Pode doer na hora, mas é melhor do que essa multidão de mulheres tagarelando pelas ruas com seus saltos e diplomas e agendas e pressas: coitado, sou muito boa pra ele, ele ficou com medo de mim!
Você que nasceu homem, você que nasceu esse ser completamente diferente e estranho pra mim, mas que, ainda assim, é algo sem o qual minha vida fica triste e chata, faça um favor: me escreva e seja muito honesto. Prometo jamais divulgar seu nome. Leio e deleto tudo. Mas, se você tem piedade do sexo oposto, por favor, só por esta vez, me diga honestamente: existe MESMO esse lance de ter medo de mulher bacanuda? Porque esse papo, que tanto ouvimos em psicanalistas, programas de auditório, cartomantes e revistas modernas da mulher suicida... Não, não pode ser. Eu não posso crer que uma burra assuste menos. Eu duvido que uma feinha seja melhor porque causa menos dor de cabeça. Que uma sonsa muda e sem opinião seja o símbolo da paz que vocês tanto buscam. Pra mim é inaceitável que uma mulher vivida possa colocar a segurança de vocês em risco.
Me digam que é mentira, por favor. Não é possível que sonhamos a vida inteira com seres tão fracos para construirmos nossas vidas. E que, enquanto lemos e aprendemos e malhamos e ganhamos dinheiro e curtimos a vida para nos tornar mulheres mais interessantes e vividas e gostosas, só estamos nos distanciando mais de vocês. E que a prima lobotomizada do interior de Caixote Mirim do Cupuaçu mexe com vocês de um jeito inexplicável. Ela é doce e meiga. Ela nunca levanta a voz ou discorda. Ela não te cobra e sempre te recebe com um sorriso nos lábios. Ela te esperou a vida inteira. Ela não faz mal a uma mosca. Doce Maria das Graças, mulher que aturou seu avô, morreu sem nunca dar um murro na mesa do restaurante e nunca mais vai reencarnar, para o deleite dos seus oprimidos sonhos arcaicos.

Tati Bernardi é escritora e roteirista

Teorias da conspiração para redes sociais e comunicação virtual

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011


Nunca fui do tipo geek. Como todo mundo, tento acompanhar as tendências internáuticas, mas sempre acabo entrando no período da modinha. Quando era ICQ eu só fiz depois que todo mundo já tinha, quando era mIRC eu só entrei porque não aguentava mais ficar de fora dos assuntos, quando era MSN foi só a evolução dos bate-papos, o orkut e depois o twitter foi por curiosidade e o facebook foi por livre e espontânea pressão.
Só agora, depois de mais de um ano que tenho o facebook, é que estou aprendendo a mexer naquilo. Onde por aprendendo leia-se: fuçando em tudo quando não tem o que fazer.

Pois bem. Eu achava que orkut era uma coisa criada pra deixar a gente louco e inconformado chegando ao ponto de ouvir sua mãe dizer: "Nossa! Olha quem eu encontrei!! O Denisclélton que estudou comigo na 2a série!". Mas hoje eu tenho certeza que o facebook conseguiu se superar. Postei algo no meu hoje que faço questão de reiterar aqui: "É o facebook de todo mundo ou só o meu que vem com um gerador de improbabilidade embutido?".
Porque sem dúvida o meu tem esse gerador ligado no "mode ON" 24horas por dia. É absolutamente inacreditável as pessoas que eu encontro por lá. Conhecidos [ou só pessoas que passaram por mim uma vez na vida] dos quais dá até vergonha de adicionar.
Como eu sou atrasada mesmo, ainda não consegui assistir "A rede social", mas tenho certeza de que essas chamadas redes sociais são um modo de controlar a nossa vida. Às vezes eu me sinto meio que dentro do Matrix e o "arquiteto" usa essas redes sociais como aquela sala que ele fica conversando com Neo e várias telas passando a vida inteira dele.
Ok, eu sei que eu viajei um pouco, mas é bem assim que eu me sinto às vezes.

Mas se tem algo que ganha das redes sociais são os meios de comunicação.
Já pararam pra pensar como 99% das vezes que o seu msn trava você estava em algum papo extremamente importante, ou extremamente interessante, ou uma super DR, ou com a pessoa que você é afim finalmente te chamando pra sair? Não é possível que seja apenas coincidência. Não é possível que Murphy goste tanto assim do seu msn.
Eu tenho certeza que existem pessoas que trabalham no setor do messenger apenas para ler as conversas alheias e fazer o seu msn travar bem naquela hora crucial. Assim, só por sacanagem mesmo.

Enfim, só escrevi esse texto hoje porque vivi situações inacreditáveis no msn e no facebook ao mesmo tempo. E aí eu realmente achei que tem alguém brincando com a minha cara em algum lugar do mundo.


Se você também acredita nas teorias de conspiração das redes sociais, se você acha que tudo é baboseira, mas que as canetas bic são sondas extra-terrestres que estão nos vigiando ou se você acha que tudo isso é pra encher a cabeça de quem não tem o que fazer nessas férias, deixe seu recado no campo de comentários abaixo. Obrigada!

Desisto [poft.]

domingo, 16 de janeiro de 2011


Para algumas pessoas desistir é sinônimo de fraqueza.
Para mim, é sinônimo de coragem e força.
Sou extremamente focada nos meus objetivos e persistente [até um pouco insistentemente chata] com o que eu realmente quero.
Quando resolvo desistir de algo nesse nível significa que eu juntei uma parcela absurdamente significante de coragem e força.
Persistir até que é "fácil". Basta continuar a rotina, engolir alguns sapos, pressionar, pressionar, pressionar...
Mas "desistir" é assumir que não conseguiu, que não terá o tão desejado, que tudo não passou de uma ilusão e que todo o tempo de persistência foi inútil.
Eu jamais julgo qualquer pessoa que desistiu de algo, porque eu sei o quanto é difícil.
O processo da desistência é doloroso e cheio de dúvidas.
"O que eu vou fazer agora?"
A desistência é uma espécie de limbo. Abre-se mão do paraíso por opção pessoal e perde-se completamente o foco.

Hoje estou perdida.
Dizem naquele velho "ditado-clichê" que quando se está perdido, qualquer caminho serve. Mas, acho que vou ficar parada, por enquanto mesmo.



Para você que desistiu, para você que persistiu. Um texto bem pequenininho, afinal, quando se está perdido não consegue pensar em muita coisa...
Deixe seu recado no campo abaixo. Obrigada.