Oi... mas, será que eu te amo?

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010


Hoje eu estava passeando pelo blog da @corramary e me deparei com o seguinte texto:

Já leu? Então, tá... Podemos fazer a minha releitura ou apenas a minha visão das coisas jogadas aqui.
Não sou uma pessoa muito radical... Acho sim que a maioria das coisas deve ser muito bem ponderada e existem dois lados pra quase tudo. Mas, o amor não tem meio termo. Desculpe se você pensa que tem, se sim, está errado.
Acho que nunca cheguei a falar de amor amor aqui... Talvez tenha chegado a hora.
Veja bem, não estou dizendo que as atitudes das pessoas não têm meio termo, apenas o amor em si. Não se ama pela metade, não se tem dúvida se ama ou não, não se ama "um pouco". Ou ama, ou não ama. E quando ama, meu amigo... você sabe!

É claro que cada pessoa tem um jeito de "viver" o seu amor. Isso é completamente aceitável, por isso existem tantos casais diferentes, ou então todo mundo ia amar todo mundo. Mas independente de como você "viva" o seu sentimento, assim como não dá pra amar pela metade, também não dá pra viver pela metade. A Marina disse no texto que "quando se ama, dá medo de dizer". Eu não sei se"medo" é bem a palavra, mas acho que se quer tanto viver aquilo que dizer mesmo, acaba ficando em segundo plano.

Dizer "eu te amo" até que é fácil. Mas pra, de fato, amar uma pessoa e viver isso é preciso muito mais que palavras. Ok, eu sei, ficou meio clichê isso... Mas que é o amor, senão um grande clichê?
Meu amigo, amar uma mulher significa não colocá-la em primeiro lugar de tudo na sua vida e morrer se for preciso, significa apenas incluí-la nos outros lugares da sua vida e fazê-la se sentir segura com isso.
Onde já se viu amor sem segurança? Beira o inaceitável. Quando os dois estão felizes juntos e um completamente seguro com o outro, aí sim é que se vive por inteiro.
Eu não consigo acreditar que alguém me ame de verdade se a pessoa não consegue viver isso por inteiro.
E se o resto das pessoas aprendessem a não aceitar isso também, esse falso sentimento pela metade, haveria bem menos dor.

ATENÇÃO PESSOAS QUE "AMAM DEMAIS": viver um amor não significa precisar mostrar pra todas as pessoas que você conhece [ou não] o tamanho do seu amor. Se você ama o seu/sua namorado(a) ou marido/mulher guarde isso e viva isso com ele/ela. O seu orkut/msn/facebook/twitter NÃO é a sua ferramenta de declaração diária, ninguém tem nada a ver com isso. Tem gente que se preocupa tanto em mostrar pros outros e acaba esquecendo do maior interessado.

Enfim, para os curiosos de plantão e meu momento de desabafo: eu amo, sim. Mas não posso viver isso por completo agora. Quando eu puder, se esse dia chegar, aí sim vai ser um amor por completo também.



Se você ama, se você não acredita no amor, se você acha que tudo que eu falei não passa de "bullshit", deixe seu parecer no campo de comentários abaixo. Obrigada!

Destino, pra que te quero...

domingo, 12 de dezembro de 2010


Eu sou muito, muito calma. É óbvio que, como qualquer ser humano que se preze, tenho meus momentos, meus "estouros". Mas realmente são bem poucos os motivos que eu acho que realmente valem o estresse de brigar.
No entanto, mesmo calma, eu sempre fui muito imediatista. Claro, alguns planos já são feitos a longo prazo, para estes, ok... Não tem outro jeito, espero até a hora certa. Mas, em geral, quando quero uma coisa, eu quero e pronto, acabou.

Porém... no entanto... todavia... Acontecimentos recentes e ao longo desse ano me fazem ter uma nova visão sobre esses aspectos.
É complicado acreditar e usar o termo "destino". Sinceramente, hoje, com quase 22 anos nas costas, ainda não sei dizer se acredito ou não em "destino".
Mas uma coisa é fato: as coisas realmente acontecem da maneira que devem acontecer, na hora certa, independente das nossas influências ou fatores externos.
Hoje tenho muito mais paciência e fé pra acreditar que, quando algo tem que acontecer, acontece e ponto final.
Algumas pessoas associam isso ao conformismo da vida moderna. Não deixa de ser um argumento válido. Concordo que, com o mol de tarefas que temos que executar todos os dias, fica difícil investir em algo que não dá muita certeza. Então, às vezes, acabamos por usar essa frase "se tiver que ser, será", apenas para abusar do conformismo nos permitido.
Mas venho aqui usá-la de verdade. Como alguém que está vivendo uma situação assim.
E hoje isso me dá muito mais segurança pra confiar nos meus sentimentos e no que pode acontecer, ou não.
Pra quem nunca viveu isso ainda, saiba:
É muito gostoso. Viver uma situação que, no momento, não existe a menor possibilidade de ser resolvida. Mas que é tão certa, tão certa, que, mesmo sem ter a menor idéia de como, você sabe que vai acabar bem. Na hora certa.
Talvez porque seja parte do seu destino, talvez por sorte. Acho que nunca vamos saber. Só sei que nem adianta tentar "mexer os pauzinhos", plantar bananeira, brigar... Só o que se pode é ter paciência. Esperar. Se for pra acontecer, vai acontecer. E aí, meu querido... é hora de partir pro abraço.



Se você também acha que, quando algo tem que acontecer, simplesmente acontece, se você acredita em destino, se você acha que essa merda toda é só balela e que você faz seu próprio futuro, se você acha que eu preciso de mais assuntos pra falar aqui, por favor, deixe seu comentário no campo abaixo. Obrigada!

Estranho é gostar tanto do meu all star azul...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010



Não gosto de tênis. Tenho um nike shox, um adidas, um timberland, um olimpykus velho... e não gosto de tênis. Meu negócio é chinelo. Mas, como nem tudo são flores e pelo menos duas vezes por semana eu sou obrigada a usar tênis por causa do laboratório eu preciso de alguns, além das minhas caminhadas [não tão] rotineiras de fim de tarde. Mas, mesmo com todos os tênis "bons" que eu tenho, também tenho outro que ultrapassa o nível de tênis. É... é ele, o bom e velho all star.
Sabe quando a parte branca do all star já não fica branca nunca mais? E começa a aparecer um rasgadinho naquela parte que dobra quando você anda? Então, esse é meu all star azul. O tênis mais confortável do mundo.


É um tênis velho, horrível, bagaçado [adoro essa palavra]. Por que eu gosto dele? Por ele ser confortável ou por ele ser zuado?

Todo mundo já sabe que roupa boa é aquela de ficar em casa. E quando eu digo que eu ando em casa como uma mendiga não é força de expressão. Em geral eu estou com uma blusinha bem colorida e desenhada e algum shorts muito velho ou uma samba canção verde do Zangado [é, o Zangado da Branca de Neve. E sim, eu tenho uma samba canção do Zangado]. Não é a visão mais bonita pra se ter.
Mas e quando esse "conforto" começa a ser estendido a outras situações?
É claro que eu gosto de me arrumar, adoro me maquiar e me sentir bonita. Mas ao mesmo tempo, muitas vezes eu tenho preguiça ou até me sinto muito melhor comigo mesma com aquela roupa velha, mesmo pra sair de casa.
Com relação a (quase) tudo, eu sempre opto pelo mais simples. Eu gosto de coisas simples e principalmente de pessoas simples. Eu gosto de programas simples, mas eu gosto de mentes complexas.
Acho que justamente por eu gostar tanto do simples é que eu sempre trabalho com os dois lados, o simples tem que ser simples, mas trazer o maior benefício possível.
O cabelo vai estar preso feio, mas não vai cair na cara.
A roupa está velha e surrada, mas absurdamente confortável.
A pessoa anda todo dia de camiseta e chinelo/all star, mas tem idéias maravilhosas, um papo agradável e uma bagagem cultural deliciosamente ampla.
O all star está rasgando, mas ele é o MEU all star azul...

Eu não preciso de coisas "bonitas" e "legais" [ao ver alheio] pra melhorar o meu ego, porque o que eu tenho me é suficiente, e pra mim não faz sentido buscar essa superficialidade pra agradar alguém cujo eu nem sei o nome.

Pode parecer isso tudo muito clichê. "Eu sou simples, não sou superficial, não sou patricinha, blablabla", mas eu também não preciso de um texto bonito pra dizer o quanto eu gosto do que é simples. Não que o "fancy" não me atraia, claro que atrai. Mas, no fim das contas, é o all star azul que me agrada.

E agora quero comprar um vermelho, afinal, tem que começar a usar pra ele ficar velho um dia.


Se você é simples, se você é "chic", se você achou que eu poderia ter escrito um texto muito melhor que esse aqui (e eu concordo), utilize o campo de comentários abaixo. Obrigada.

Coisas que não fazem sentido

sexta-feira, 22 de outubro de 2010


Sabe quando pequenas coisas do dia-a-dia ou pequenas atitudes e formas de pensar bobas das pessoas acabam te irritando um pouco? Ou não que, necessariamente, te irrite. Mas que faz você reproduzir aquele emoticon oO, pensando "mas isso não faz sentido!".
Posso fazer uma lista gigantesca dessas pequenas coisas. Em geral sou uma pessoa muito calma e realmente não sou de procurar pêlo em ovo, mas tem pequenos detalhes que, às vezes incomodam.
Exemplo tátil do momento:
Todo ano é a mesma coisa. Nas duas semanas seguintes do horário de verão parece que as pessoas não tem bem o que falar, então pra procurar assunto resolvem falar sobre a mudança de horário. Se dividem entre os que gostam e os que não gostam, sendo esta uma divisão não na mesma proporção e é aí que entra a parte que mais me irrita [além do fato de não procurarem um assunto melhor]. Parece que os que não gostam (a maioria) precisam, de fato, explicar por que não gostam e fazem isso buscando a maior "razão" do mundo utilizando a seguinte conclusão:
"Odeio horário de verão porque a gente acorda mais cedo. Sempre fico cansado."
Tenho vontade de chorar quando eu ouço isso. Não porra! Você não acorda mais cedo!!! A não ser que você esteja com um horário no relógio pra despertar e em outro horário no que segue pra dormir, você dorme a mesma quantidade de horas de sempre. Dizer que está cansado no primeiro dia da mudança é até compreensível [nem tanto, porque é domingo, mas aceitável], agora dizer que está cansado dias depois é, no mínimo, sinônimo de burrice. Desculpe, mas é.

Outra coisa inútil que me irrita muito e me faz sofrer na minha casa. Sabe o leite longa vida? Então, você pode não saber, mas existe uma maneira certa de cortar a aba dele. Acontece que nem os fabricantes da caixinha e muito menos as pessoas da minha casa sabem disso.
Quem desenhou a caixinha colocou o desenho de uma tesoura com um tracejado indicando o local do corte. No entanto, se você seguir o tracejado o seu leite será arrombado e quando você tentar colocar na caneca vai sair 2 litros de leite de uma só vez! [É... o milagre da multiplicação e da hipérbole].
Como se não bastasse essa forma de acabar com a manhã de uma pessoa, os moradores do meu recinto também abrem o leite de uma forma mais lusitana ainda. Não sei se por preguiça, ou pra me irritar, ou por qualquer outro motivo que achem bom o suficiente, eles resolvem só cortar UM lado do tracejado. Já conseguiu imaginar como fica? Bom é que não é. Não fica um furo na caixa, fica um rasgo. Isso significa que, ao invés de cair tudo de uma vez o leite é simplesmente espalhado pela mesa inteira e cai em tudo, menos na caneca.
Aprendam abrir a caixinha do leite: é só levantar a abinha e cortar.

Só pra terminar. Mais um detalhe absurdo que vivenciei outro dia no trânsito.
Estava eu, parada no sinal vermelho em plenas 5 da tarde, morrendo de calor e vem aqueles entregadores de papel de propaganda. Eu quase nunca pego, porque é um desperdício de papel absurdo que eu não concordo. Mas naquele dia estava de bom humor e resolvi ser boazinha. Peguei o papel e era propaganda de que? Propaganda de dedetizador! DEDETIZADOR! Por que raios uma dedetizadora estava entregando panfleto no trânsito??? Se alguém tiver bicho em casa ele já vai por conta própria atrás de uma. Claro, afinal das contas, é mesmo uma situação bem provável que alguém tenha pego o papel e pensado "Puts! Era disso mesmo que eu precisava!".


Enfim, se você também se irrita com pequenas coisas, se você se irritou com esse texto e se você odeia o horário de verão porque tem que acordar mais cedo, deixe seu comentário no campo abaixo. Obrigada.


ps: só pra constar. Eu ADORO o horário de verão, espero o ano inteiro por ele [sério].

O certo pelo duvidoso

terça-feira, 12 de outubro de 2010


Lembro-me das eleições em que o Lula estava tentando se re-eleger (e conseguiu), este foi seu slogan: "Por que trocar o certo pelo duvidoso?". Não estou aqui para fazer qualquer apologia política, acho que até poderia, levando-se em conta nosso período de segundo turno, mas me recuso a discutir algo tão revoltante e essa postagem não tem absolutamente nada relacionada à política.

No entanto, gostaria de parafrasear esse slogan em âmbito de vida particular.
Que a vida é uma sequência de escolhas e decisões todo mundo já sabe. Muitas vezes estas próprias escolhas nos trazem a possibilidade da troca. Algumas dessas possibilidades são ridiculamente fáceis de resolver, como por exemplo quando você leva uma barra de cereal pra faculdade e sua amiga quer trocá-la por um sonho de valsa, é óbvio que você troca - ok, esta foi uma situação bem improvável.
O impasse na verdade é quando as decisões vão além de um bombom ou a roupa da balada - apesar de que esta também não é das mais fáceis. Mas baseado em quê você faz suas escolhas com relação a sentimentos? E quando esses sentimentos envolvem outras pessoas?

Eu particularmente acho muito difícil o processo de sair de um relacionamento e entrar em outro. É sempre um algo extremamente longo e desgastante emocionalmente.
Alguns amigos não entendem por que é tão complicado pra mim todo esse processo. Não se trata apenas do fato de gostar tanto de alguém e deixar de gostar. Por mais que você não esteja mais com determinada pessoa, aquilo ainda é vigente.
Gostar de alguém significa permitir a si mesmo e permitir que esse alguém possa estabelecer um relacionamento com você. Então, sim, gostar é uma escolha. Se eu não escolher gostar de alguém (ou seja, não escolher me abrir para determinadas situações) eu simplesmente não vou gostar de alguém.
Então já temos duas etapas no processo que são baseados em escolhas:
1) Escolher esquecer alguém e partir pra outra - o famoso "move on".
2) Escolher gostar de alguém.
Partindo do pressuposto que 99% dos relacionamentos terminam de maneira dolorosa e estamos falando da parte menos interessada num rompimento (uma vez que para quem rompe é sempre muito mais simples e rápido o processo, e muitas vezes o este processo já começou bem antes do rompimento) é complicado confiar em alguém a ponto de se permitir gostar.

E é aí, depois dessa enrolação toda, que entra o slogan do nosso presidente. A lógica - talvez absurda - que o meu cérebro monta é: se alguém está sozinho, possivelmente triste devido a um relacionamento "fail", mas já se acostumou a estar sozinho e está bem assim (afinal a única preocupação neste quesito é relembrar alguns momentos do relacionamento passado e nada mais), então por que gostar de outra pessoa e se permitir passar por todo o desgaste novamente e acabar igual?
ATENÇÃO: este não é o pensamento de alguém que não acredita nos sentimentos ou em bons relacionamentos. É apenas uma nova visão para possibilidades que podem se abrir sem o desgaste de começar a gostar de alguém.

Não sei se estou conseguindo me fazer entender perfeitamente. Mas vou tentar explicar de outra forma.
Se eu demoro para sair de um processo de relacionamento e entrar em outro não é porque eu gosto de sofrer, ou porque eu crio esperanças onde não existem ou porque eu estou descrente no amor, nada disso.
É simplesmente pelo fato de que, apesar de toda a dor, quando um relacionamento acaba eu sei onde estou pisando. Porque sou eu e eu mesma. Existe um sentimento que ficou, mas não tem com ele nenhum tipo de plano, esperança, nervosismo ou possibilidade. Então, eu tenho a sensação de que nesta situação eu posso dar prioridades a outras coisas que eu precise me concentrar mais.
A partir do momento que eu decido gostar de outra pessoa fico vulnerável outra vez e aberta para toda a insegurança, medo, ansiedade e começo a pisar num terreno que eu não conheço, pois envolve alguém novo, que eu não tenho como saber o que sente. Diferente do anterior, que justamente por ter acabado eu já sabia.

Então, todo o processo da passagem de um relacionamento para outro é longo justamente por isso: muitas vezes eu prefiro sim permanecer no certo, do que trocar pelo duvidoso.
Algumas pessoas chamam de falta de amor próprio, para mim é simplesmente uma questão de lógica.


Se você não entendeu absolutamente nada do que eu escrevi, se você também passa por um processo muito longo entre desapego e apego, deixe seu comentário no campo abaixo. E se você é do tipo de pessoa que consegue dar "move on" rápido, escreva-me também dizendo como faz! Obrigada.

Sobre o direito de surtar

domingo, 26 de setembro de 2010




Toda mulher tem o direito de surtar. Dar piti. Jogar umas coisas no chão e chorar. De preferência em casa, pra não ameaçar o patrimônio público, mas às vezes também acontece na rua, fazer o quê?
É simples, as mulheres são seres cíclicos, com altos e baixos hormonais. Tem Tensão Pré-Menstrual, Tensão Menstrual, Tensão Pós-Menstrual. A culpa é toda dos hormônios. Não podemos controlá-los. Então, desculpe, temos o direito. Até porque o ato de surtar pode trazer grandes benefícios quando usado com moderação e até prevenir doenças como câncer, úlcera, estresse e tédio profundo.
É por isso que as mulheres têm a vida mais longa do que os homens. Eles ("eles" quase todos) guardam tudo, acham que surtar é coisa de mulher. E é mesmo, mas e daí? Se ficar guardando tudo vai acabar como aquele senhor, tendo um dia de fúria.
Todo mundo deveria extravasar de tempos em tempos para evitar maiores danos. Quem sobrevive guardando no peito aqueles dias frios em que você pisa de meia no chão molhado, ou em que o miojo cai todo na pia quando você vai tentar dar aquela escorridinha, ou em que a ex-namorada sem amor-próprio do seu amor fica ligando doze vezes consecutivas para perturbar a paz alheia, ou em que você passa horas no trânsito sem bateria no iPod, ou em que os pagamentos não entram - mas as contas sim -, ou em que ninguém te escuta, ou em que o gato faz xixi no tapete da sala pela décima vez, ou em que a internet não funciona, ou a calça não entra mais, ou em que você não acerta o delineador e borra a cara inteira, ou tudo isso reunido no mesmo dia infeliz?
O que mais pode uma dama fazer a não ser jogar tudo para cima e chorar lágrimas incontidas de ódio até secar? Depois passa e você se sente melhor, livre das toxinas das lágrimas e aliviada por não ter engolido todas aquelas coisas ruins, pronta para sair para a vida com os cabelos esvoaçantes, a alma leve e a pele viçosa.
Mas também não vai achar que é pra sair surtando nos outros a toda hora por qualquer coisinha; isso causaria uma reação em cadeia de surtos e sabe-se lá o que poderia acontecer.
Surte, mas surte direito. Só quando precisar.

Por Clarah Averbuck




Folheando uma revista velha hoje, encontrei esse texto e veio bem a calhar com o que eu queria falar. Ontem dei uma "leve" surtada no twitter e algumas pessoas já vieram conversar sobre. Não sei se é porque eu sou uma pessoa muito calma, então quando eu dou essas leves surtadas em meio público sempre tem alguém pra criticar ou querer saber o que aconteceu. Simplesmente não importa, todo mundo tem o direito de surtar de vez enquando e eu estou apenas usufruindo do meu.
E só por questão de completeza, meu surto se restringiu a apenas um tweet, era só o que eu precisava.




Para surtar, xingar, chorar e brigar pelos seus direitos, utilize o campo de comentários abaixo. Obrigada.

A lágrima que evapora

terça-feira, 24 de agosto de 2010


Estou com 167352 problemas nos olhos, usando 4 colírios diferentes várias vezes por dia, proibida de usar lente por tempo indeterminado e semi-proibida de usar maquiagem.
Tudo começou com uma falta de lubrificação que eu tenho... Isso é algo absurdamente irônico, levando-se em conta o quanto eu sou chorona. Acho que eu sou a pessoa mais chorona que eu já vi na vida (dados com crianças acima de 3 anos).


Mas sabe quando você sente uma dor, uma dor que dói tanto, tanto... que você não consegue chorar? É uma coisa muito rara, mas acontece.. Eu gostaria de saber se tem alguma explicação científica pra isso. Eu acho que essa lágrima de muita dor tem uma constituição química diferente e aí ela simplesmente evapora antes de sair dos olhos.
De qualquer forma, seja pela constituição química ou não, posso dizer por experiência própria que é muito ruim essa sensação de chorar sem lágrima, de dor sem expressão.
Minha bisavó dizia que chorar faz bem pro pulmão. Nunca nenhum médico me disse se isso procede ou não, mesmo assim, é um fato que faz bem pra alma.
É como carregar tanta coisa dentro de você, não aguentar e vazar. Claro, a dor não vai embora (nem a alegria, quando o é), mas ameniza no momento. [Fora as crises subsequentes de enxaqueca fortíssimas, mas já é algo tão normal pra mim que simplesmente faz parte do processo].
Mas, voltando à questão da lágrima que evapora... Se você nunca viveu isso, torça pra continuar sem viver. É um peso na alma, um aperto no coração, em geral você fica estático - aquela calma que só o desespero dá - e aí, quando você deseja MUITO uma pequena lágrima sequer pra tentar jogar um pouco disso tudo pra fora... nada. Frustrante.
O mais bizarro é que quando a lágrima resolve finalmente vir, é sempre num momento completamente inapropriado (como no meio da sua aula mais chata). É quando o seu cérebro começa a processar a informação (claro, porque você não está prestando atenção na sua aula).
E aí, já não se tem aquela calma do desespero e começa o desespero tátil, em que se quer gritar, mas não pode; quer chorar e pode, mas não deve. São muitas consequências ruins pra uma pequena porção de solução salina que simplesmente evaporou.
Particularmente, não quero mais sentir isso.


Se você achou esse post depressivo foda-se, me desculpe. Repito pela terceira vez seguida que prometo que vou melhorar.


Para opiniões sobre lágrimas, histórias de lágrimas que evaporaram, me fazer rir ou chorar, utilize o campo de comentários abaixo. Obrigada.

PS: aproveitando o post depressivo, quero apenas deixar uma pequena homenagem e meus sentimentos em relação ao Vitor Hugo. Infelizmente não tivemos muito mais contato nos ultimos anos, mas foi uma pessoa muito agradável e alegre que tive a oportunidade de compartilhar alguns bons momentos...
Vitor Hugo, esteja com Deus nesse momento, olhando por nós!

Por que ver, ouvir e falar o que machuca?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010


O ser humano por acaso carrega um gene de sado-masoquismo no meio de tantos outros? Não é possível. Por que temos esse péssimo hábito de procurar pelo que machuca??? Não faz o menor sentido.
Na verdade eu tenho uma teoria... Acho que é uma teoria meio furada, mas é uma teoria. Eu a uso talvez pra tentar compreender a mim mesma ou tentar dar uma razão pra algo que não faz bem. É o seguinte:
É preciso buscar algo que machuca pra evitar se iludir com isso. Eu explico: sabe aquele ditado de que "o que os olhos não vêem, o coração não sente"? É mais ou menos isso com a finalidade reversa. É preciso ver, simplesmente porque é preciso sentir. Se a pessoa não sente que aquilo está de fato fodido errado, ela cria uma ilusão de que pode estar certo. Deu pra entender? Eu disse que era uma teoria meio furada.
Porém, mesmo com essa péssima teoria, ainda não faz sentido... Por que querer se machucar? Ou seguindo a teoria, por que precisar se machucar? Não seria muito mais simples entender que tal coisa está de tal forma e pronto? É preciso mesmo ficar se auto-flagelando pra poder acreditar que está assim?
Eu não sei se eu estou conseguindo me fazer entender nesse momento. Estou morrendo de sono e resolvi escrever esse post correndo, sem nem pensar muito nele, não sei se está fazendo sentido pra quem lê ou se é só um surto meu.
A questão é: seria tudo mais fácil se pudesse ser compreendido sem dor ou se houvesse um botãozinho vermelho (sempre vermelho) com o qual você pudesse selecionar seus pensamentos e desejos. Mas não é bem assim. Se alguém aí consegue aceitar as coisas numa boa sem ficar remexendo a ferida pra ver até onde vai, por favor, me avise! Porque aí vou saber que sou um alien mesmo... e um alien masoquista!




Postagem realmente correndo, prometo que melhoro!

Para comunicar seu nível de sado-masoquismo, indicar livros de auto-ajuda para compreensão da mente insana humana ou me xingar pela falta de atualizações, utilize o campo de comentários abaixo.

A Máscara

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

levantou-se. parou frente ao espelho. ficou. enfim, não sabia quem era aquela que fitava-lhe com grandes olhos, parecendo esperar ansiosamente por algo, por alguma resposta. sentiu-se intimidada. afinal, o que responder?. sabia que era um reflexo, ou assim parecia, mas não estava muito certa disso. tentou organizar sua mente, por onde começar?. eram tantas coisas que bombardeavam seu pensamento que sentia que não podia nem ao menos estabelecer prioridades. sabia muito bem como queria que as coisas fossem. mas num mundo preto e branco não existem muitos elefantes cor-de-rosa. mas é claro... sair! por que não pensou nisso antes?. o ônibus balançava mais do que o normal... olhou todas aquelas pessoas e por um momento imaginou quais seriam os seus problemas, suas preocupações... ora, ela já tinha muito o que ocupar a mente, tentou não pensar na vida daqueles personagens desconhecidos... "mas, e se eu gritasse agora mesmo? alguém notaria a minha presença?". ao fim da tarde, sim, um passeio e tanto... mexeu tanto com seu espírito quanto o jogo de xadrez que (por algum motivo) passara na tv alguns dias antes. triste. por que o telefone não toca?. mais uma vez foi até o espelho, a mesma garota, os mesmos olhos, a mesma ânsia. algo novo porém: "você está feliz assim?". puxa, que pergunta mais impertinente. sabia o quanto era feliz, mas não se sentia feliz naquele momento. queria mais. queria mais e sabia disso, mas também sabia que não conseguiria. abriu o armário, lá estava ela, sua máscara de todas as noites, todos os dias. à ela podia-se atribuir o conformismo, um conformismo com uma pitada de amor e felicidade (sim), mas ainda assim um conformismo. a vestiu. é, o telefone não tocou, mas ouviu-se o som das teclas.


fim.


Escrevi isso no dia 29 de junho de 2006.
A pontuação estranha e ausência de letras maiúsculas é proposital.
Eu vou escrever algo decente e recente, juro. É que hoje, especificamente, meu dia foi uma loucura e esse texto antigo até que veio a calhar.


Para sugestões de novos temas e doações de novas máscaras utilize o campo de comentários abaixo. Obrigada.

“Se foi pra desfazer, por que é que fez?”

domingo, 1 de agosto de 2010

“Às vezes quero crer mas não consigo
É tudo uma total insensatez
Aí pergunto a Deus: escute, amigo
se foi pra desfazer, por que é que fez?”
Vinicius de Moraes


Eu tenho a terrível mania de querer tudo “certo” na minha vida. As coisas precisam ter uma sequência e explicação lógica. Se foge do meu controle eu fico louca, perdida. É por isso que esse trecho do Vinicius faz total sentido pra mim. É pura insensatez.
Os que me acompanham um pouco podem ter idéia de como foi tudo uma loucura pra mim esse ano. Mudança de cidade, volta para a casa dos meus pais, relacionamentos que não deram certo (embora "dar certo" seja uma questão relativa). Coisas feitas e desfeitas, planos que começaram e não acabaram. E a sensação que fica é exatamente essa: “se foi pra desfazer, por que é que fez?”.
Porém, com o tempo, a gente percebe que nem tudo vai ter uma explicação do jeito que a gente quer. E aceitar as coisas sem entender nem sempre é uma fraqueza, muitas vezes é dar a chance de seguir em frente. [Acredite, é muito difícil pra mim falar isso].
Aceitar o que não quer às vezes passa a impressão de que está de acordo com aquilo. Não é isso. É apenas aprender a jogar com as cartas que vieram.
Nossos planos nem sempre dão certo, e na maioria dez vezes (atenção: maioria!) a “culpa” simplesmente não é nossa. Não que alguém seja, de fato, culpado. Acontece que a todo momento nossa vida é preenchida com relacionamentos. Não digo relacionamentos amorosos apenas, qualquer tipo de relacionamento, família, amigos, colegas, conhecidos... Somos rodeados de pessoas, novas e antigas, sem nem nos darmos conta disso. Cada pessoa é um universo. Um universo de pensamentos, de planos, de idéias. E nem sempre o universo do outro está de acordo com o nosso.
Um dos trechos do livro “A Cabana” que eu mais gosto é um que diz assim: “a maioria das nossas feridas têm origem em nossos relacionamentos, o mesmo acontece com as curas”.
Eu acabei sendo meio que obrigada a aprender que eu não posso querer procurar um motivo em tudo e esperar que meus planos sempre se concretizem, principalmente quando envolvem outros “universos”. E descobri que a sensação de poder aceitar algumas coisas é muito revigorante.
Eu sinceramente não sei se acredito em “destino” (aquele de que “já está tudo escrito e blábláblá”), toda vez que paro pra pensar nisso acabo chegando num nó paradoxal e desisto. Acho que cada um é capaz de mudar a própria vida, mas ninguém tem muito controle de onde as consequências vão parar. Então, com relação aos planos e frustrações, o que devemos fazer é jogar a idéia, saber o que queremos e ir atrás, se vai dar certo ou não, impossível saber. Mas o importante é cada um fazer a sua parte, o resto a vida toma conta. E nada nessa vida é permanente.
Para todas as desilusões precisa haver uma aceitação, para aí sim, seguir em frente e fazer o que deve ser feito.
O emprego não deu certo? Procure por outro.
O curso escolhido não era o que se esperava? Troque.
O bolo desandou? Coma a cobertura.
O relacionamento terminou e machucou? Relaxa... logo vem outro que te cura.


Para uma palavra de apoio, histórias de desilusões e propostas de emprego utilize o campo de comentários abaixo.


PS: é claro que sempre tem as críticas. Tentarei levá-las de forma construtiva. Falaram para eu não usar CAPSLOCK nos textos, então, por uma questão de estética tentarei evitar isso. Thanks.
Tem mais uma notinha nos comentários.

Amigos amigos, namorados à parte

quarta-feira, 28 de julho de 2010


Pensando sobre algo para escrever, minha mãe sem querer me deu o tema perfeito. Não foi uma, mas várias as vezes em que ela soltou coisas do tipo: “Como assim você vai sair com a Fulana? Ela não tem namorado?” ou “Eu não acredito que você está na casa do Ciclano até essa hora, e a namorada dele?”.
É inaceitável a atitude de algumas pessoas com relação ao namoro. Eu, particularmente, fico muito irritada quando minha mãe fala algo desse tipo. Quando a pessoa começa a namorar ela por acaso assina algum contrato dizendo que deixará de ser minha amiga ou que a vida social se restringe apenas ao respectivo a partir desse momento???
Nada mais broxante do que você chamar sua amiga pra sair e ela falar: “Claro! O Denisclélton pode ir junto, né?”... Pior ainda se falar: “Ah... Não sei... Tenho que ver com o Josefino se a gente não vai fazer nada hoje”. Dá muita vontade de falar “Filha da puta! nasceu grudada, foi???”
E antes que venham dizer que eu sou invejosa e bla bla bla... eu NÃO estou dizendo isso porque eu não estou namorando, mas porque eu realmente penso assim, mesmo quando estou com alguém.
É claro que eu não acho que as pessoas devam ser “auto-suficientes” (aliás, em breve escreverei sobre pessoas “auto-suficientes”). Mas definitivamente você não pode ser suficiente apenas com UMA pessoa.
Eu to pra ver um relacionamento bolha que deu certo.
[Para os que não sabem, “relacionamento bolha” é quando é apenas você e a outra pessoa e mais NINGUÉM, fazendo TUDO.]
Acredito que esse tipo de relacionamento não funciona nem no casamento (o qual eu não vou me detalhar por falta de experiências), quem dirá num namoro.
Namorar é MUITO bom, não dá pra discordar disso. Eu sou super a favor do NAMORO. Mas tudo tem limite.
Também não estou dizendo que alguém que namora deva sair com os amigos todos os dias, eu ODIARIA namorar um cara que só sai com os amigos ou coloca os amigos em todos os nossos programas. Mas, de vez em quando, não faz mal a ninguém, alias, só faz bem.
E outra, essa é MUITO importante, preste atenção: XUXU, O SEU(sua) NAMORADO(a) NÃO É BEM-VINDO EM TODOS OS SEUS PROGRAMAS!!!
Imagina que legal aquele encontro do pessoal do trabalho ou os amigos da faculdade, um encontro em que seja específico pra ESSE grupo, e você chega lá com o seu respectivo que não conhece NINGUÉM... Programão, hein!? E o mais chato interessante é que GERALMENTE os respectivos que vão NUNCA são simpáticos, eles na verdade estão lá pra “marcar território” e aí é sempre um intruso no grupo que não te deixa ficar confortável. Então, a não ser que seja um programa de fato abrangente e que seu namorado(a) conheça (e converse) com pelo menos umas 2 pessoas do grupo, NÃO FAÇA ISSO. Não destrua sua vida social dessa forma.
Resumindo:
Amigos comprometidos que ainda saem comigo: vocês são demais, continuem assim!
Amigos comprometidos que NÃO saem comigo: vão se fuder.
Amigos solteiros: vamos beber!!!


Para xingamentos, opiniões diversas, apoio ou pedidos de namoro utilize o campo de comentários abaixo. Obrigada.

Boneca de baunilha e seus fricotes

segunda-feira, 26 de julho de 2010


Meu blog não será apenas um "depósito de pensamentos". Mas sim, um depósito do que eu achar que seja realmente válido a ponto de ser compartilhado.
Não tenho definição sobre o que vou escrever, definir é limitar. (Por favor, meus amigos nerds, não façam nenhum comentário sobre isso).
Antes de deixar um post de verdade, resolvi fazer este como abertura para explicar o nome do blog.
Na minha infância eu tive algumas dessas bonequinhas (vide foto) que eu não me lembro o nome no Brasil, mas o nome em inglês é "Cupcake Doll". Algumas meninas com certeza se lembram delas. O que eu sempre achei mais legal nas bonequinhas não era apenas o fato de elas se "dobrarem" e virarem um bolinho (cupcake), mas sim o fato delas terem CHEIRO. Quem me conhece um pouco sabe da minha fixação por cheiros. Sem dúvida o olfato é um sentido que eu tenho um carinho especial. Cheiros são nossa maior fonte de lembranças e nada melhor do que poder se lembrar do que foi BOM.
Pensando nisso cheguei na "BONECA DE BAUNILHA". Baunilha tem um cheiro que me traz boas lembranças.
E no fim, mesmo sem definição, este é o objetivo do blog: compartilhar o que é bom, ou o que EU acho bom...
Seja bem-vindo, sinta-se à vontade, be my guest...