Sentimentalismo Facebookiano e outros mimimis...

terça-feira, 30 de agosto de 2011


Sou a favor de existirem certas regras de etiqueta para uso de facebook e outras redes sociais.
Mark Zuckerberg inventou tanta coisa legal na sua rede - vai dizer que nunca ficou abismado com certas pessoas sugeridas ou com o algoritmo de pessoas importantes que ele faz automaticamente pra você! Deveria criar mais uma: sentimentalismo acima de um determinado limite e "mimimi" demais é banido na hora.

E eu nem vou falar sobre as "pessoas que amam demais", que de tão absurdo me recuso a discorrer sobre. O problema é até outro.
Amigo, facebook não é psicólogo!!! Se você está triste, vai procurar um! Ou então, procure um amigo de carne e osso a quem você conte seus problemas sem precisar se expor. Gente que reclama da vida na nossa orelha já é irritante, gente que reclama da vida na nossa home é pra acabar! E aí me perguntam por que eu excluo as pessoas!

E a auto-promoção então??? Só nos últimos 10 dias apareceu umas 15 pessoas diferentes publicando:
"Se você é puro, inocente, tímido, não bebe e é pra casar, publique isso no seu mural!"
Puta que parmito!!! Quem vai querer casar com alguém que é puro, inocente, tímido e que não bebe? Que chatice! Alguém que tenha 1 dessas "qualidades" até que é aceitável... Mas puro, inocente, tímido e que não bebe, tudo em uma pessoa só? Não dá nem pra manter uma amizade desse jeito!

E aquele aplicativo dos signos? Eu não sou ligada nessas coisas, mas até onde eu sei a única pessoa a quem seja relevante o seu mapa astral é pra você mesmo.

Mas talvez o pior de todos sejam as pessoas "fofinhas demais", "bonitinhas demais", "certinhas demais" que acham lindo ficar esfregando esses "inhas" irritantes na nossa cara.
Na boa, se eu quiser começar o meu dia e melhorar a minha vida com uma frase feita, eu vou na Nobel e compro um livro de auto-ajuda!
Pras fofinhas de plantão: ser meiga não significa vomitar um arco-íris a cada 5 minutos.

Em resumo, todos esses tópicos de artifícios facebookianos insuportáveis não passam de ferramentas que as pessoas usam tentam usar pra se auto-afirmar.
E eu me pergunto: pra quê isso???
Por que as pessoas precisam se auto-afirmar demonstrando "amor" exageradamente, fazendo self promotion, dizendo que o seu signo é o que beija melhor e mandando mensagens fofinhas tiradas dos power points que a gente recebia no ano 2000?
Não estou julgando (estou tentando não julgar, juro!). Deixo aos psicólogos explicarem porque na era digital as pessoas precisam mostrar que são ao invés de simplesmente serem.

Enfim... Mesmo não julgando (estou tentando, mesmo!), ainda acharei um absurdo quando ver e continuarei te excluindo ou simplesmente não te aceitando, porque você é chata(o). Ok?
Mas não é nada pessoal. Me cutuca que fica tudo certo!
[Isso foi uma piada. Achei válido ressaltar]

"I wanna hold your hand..."

segunda-feira, 15 de agosto de 2011


Para alguém que está longe... quando na verdade deveria estar perto.

Todos temos alguém por quem talvez morreríamos, se fosse preciso.
Todos temos amores que não deram certo, e continuaram sendo amores.
Todos temos saudades urgentes que sabemos que não podemos matar e que ela também não vai nos matar - mesmo chegando perto.

Uma música diz "Como pode ser gostar de alguém, e esse tal alguém não ser seu?". Mas, como pode ser ter alguém e esse tal alguém não estar?

Todo mundo tem alguém que conheceu do nada e nunca mais esqueceu o sorriso.
Todo mundo tem alguém que fez promessas e quebrou, mas mesmo assim continuou amando.
Todo mundo tem alguém que faz do McDonalds o melhor restaurante do universo, por estar sentado ao lado.

Todos temos alguém que lembramos com alguma música idiota e com Estatística.
Todos temos alguém com quem "tomaríamos banho gelado no inverno"...

Todo mundo tem um amor que não consegue descrever.
Todo mundo tem um amor que não consegue amar.
Todo mundo tem uma torta congelada na memória.

Todos temos alguém que andaríamos de mãos dadas em qualquer lugar.
Todos temos alguém que sabemos que não temos...

Você não tem???
Eu tenho...
Sinto saudades.

"Não é o momento certo..."

quarta-feira, 3 de agosto de 2011


Não acredito em "momentos".
Desculpe-me, eu não acredito mesmo.

Eu acredito em sim e não.
"Gosto de" é um sim.
"Não gosto de", "não sei se gosto", "gosto um pouco", "não gosto o suficiente", etc... tudo isso é um não.
É claro que existem momentos que facilitam as coisas. Assim como também existem momentos que dificultam. Mas, por mais que eu tente, não consigo aceitar que um "sim" ou "não" possam ser determinados pelo momento. Coitado do momento, ele não fez nada pra precisar assumir esse tipo de responsabilidade.

Quando o "sim" é de verdade, meu amigo, não tem momento ruim nessa vida que estrague isso.
Eu sou um péssimo exemplo pra falar disso, um exemplo bem hipócrita, eu diria. Mas, mesmo assim, meus sentimentos são tão paradoxais que só porque vivo uma coisa não significa que eu concorde com ela.

Está na hora das pessoas começarem a assumir certas responsabilidades e pararem de culpar o coitado do momento.
Se você gosta, de fato, de alguém, se você quer fazer alguma coisa, se você quer dizer alguma coisa, ou não quer... Enfim, se você tem um "sim" não deixe o momento atrasar isso.

O primeiro passo para a dignidade, para parar de machucar os outros e a si mesmo é antes de tudo assumir sua posição. Relacionamentos já são difíceis o suficiente sem precisar ter a dúvida de uma pessoa no meio. Não sujeite alguém a sofrer por você só porque você "não sabe o que quer" da vida.
Se você "não sabe" mande um não e corte o mal pela raiz. Não cultive a espera de alguém em cima de algo que não existe só porque você não tem culhões suficientes pra jogar um não.

E se você está do outro lado e tem alguém morno na sua vida. Corte você mesmo. O modo do corte? Cada um procure o melhor pra si.
Não me importa quantas vezes vou ser chamada de radical, extremista ou "racional demais" por pensar dessa forma.
Acontece que de todas as outras formas que eu já agi essa é a mais fria, a com menos sentimento. Parece estupidez, mas, consequentemente, também é a que menos dói.