“Se foi pra desfazer, por que é que fez?”

domingo, 1 de agosto de 2010

“Às vezes quero crer mas não consigo
É tudo uma total insensatez
Aí pergunto a Deus: escute, amigo
se foi pra desfazer, por que é que fez?”
Vinicius de Moraes


Eu tenho a terrível mania de querer tudo “certo” na minha vida. As coisas precisam ter uma sequência e explicação lógica. Se foge do meu controle eu fico louca, perdida. É por isso que esse trecho do Vinicius faz total sentido pra mim. É pura insensatez.
Os que me acompanham um pouco podem ter idéia de como foi tudo uma loucura pra mim esse ano. Mudança de cidade, volta para a casa dos meus pais, relacionamentos que não deram certo (embora "dar certo" seja uma questão relativa). Coisas feitas e desfeitas, planos que começaram e não acabaram. E a sensação que fica é exatamente essa: “se foi pra desfazer, por que é que fez?”.
Porém, com o tempo, a gente percebe que nem tudo vai ter uma explicação do jeito que a gente quer. E aceitar as coisas sem entender nem sempre é uma fraqueza, muitas vezes é dar a chance de seguir em frente. [Acredite, é muito difícil pra mim falar isso].
Aceitar o que não quer às vezes passa a impressão de que está de acordo com aquilo. Não é isso. É apenas aprender a jogar com as cartas que vieram.
Nossos planos nem sempre dão certo, e na maioria dez vezes (atenção: maioria!) a “culpa” simplesmente não é nossa. Não que alguém seja, de fato, culpado. Acontece que a todo momento nossa vida é preenchida com relacionamentos. Não digo relacionamentos amorosos apenas, qualquer tipo de relacionamento, família, amigos, colegas, conhecidos... Somos rodeados de pessoas, novas e antigas, sem nem nos darmos conta disso. Cada pessoa é um universo. Um universo de pensamentos, de planos, de idéias. E nem sempre o universo do outro está de acordo com o nosso.
Um dos trechos do livro “A Cabana” que eu mais gosto é um que diz assim: “a maioria das nossas feridas têm origem em nossos relacionamentos, o mesmo acontece com as curas”.
Eu acabei sendo meio que obrigada a aprender que eu não posso querer procurar um motivo em tudo e esperar que meus planos sempre se concretizem, principalmente quando envolvem outros “universos”. E descobri que a sensação de poder aceitar algumas coisas é muito revigorante.
Eu sinceramente não sei se acredito em “destino” (aquele de que “já está tudo escrito e blábláblá”), toda vez que paro pra pensar nisso acabo chegando num nó paradoxal e desisto. Acho que cada um é capaz de mudar a própria vida, mas ninguém tem muito controle de onde as consequências vão parar. Então, com relação aos planos e frustrações, o que devemos fazer é jogar a idéia, saber o que queremos e ir atrás, se vai dar certo ou não, impossível saber. Mas o importante é cada um fazer a sua parte, o resto a vida toma conta. E nada nessa vida é permanente.
Para todas as desilusões precisa haver uma aceitação, para aí sim, seguir em frente e fazer o que deve ser feito.
O emprego não deu certo? Procure por outro.
O curso escolhido não era o que se esperava? Troque.
O bolo desandou? Coma a cobertura.
O relacionamento terminou e machucou? Relaxa... logo vem outro que te cura.


Para uma palavra de apoio, histórias de desilusões e propostas de emprego utilize o campo de comentários abaixo.


PS: é claro que sempre tem as críticas. Tentarei levá-las de forma construtiva. Falaram para eu não usar CAPSLOCK nos textos, então, por uma questão de estética tentarei evitar isso. Thanks.
Tem mais uma notinha nos comentários.

9 comentários:

  1. não gostei muito desse post. Eu tinha uma idéia, mas eu acho que não consegui desenvolver ela do jeito que eu queria. Saco.
    De qualquer forma, acho que dá pra pegar a idéia geral, né? sorry, prometo que melhoro no próximo.

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  2. Colgss!
    Seu post ficou lindo, assim como seu blog, parabéns, vc realmente escreve mto bem!
    Deu pra entender mto bem o que vc quis dizer, afinal, quem nunca teve um desvio de percurso que atire a primeira pedra hehe!

    Falando em pedra, quando se trata de relacionamentos principalmente, todos temos teto de vidro, somos vulneráveis e suscetíveis à perdas e ganhos. O mais importante é nunca desistir e tem sempre novas metas, certo?

    Beijo grande!

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  3. Meu Deus, oq raios vc ta fazendo nas exatas mulher!? eu ainda hei de te chacoalhar com vontade dizendo ''VC TA MALUCA?!?!?!'' (uso capslock mesmo)

    by the way, belos posts, confesso q nao sou mto fã de blogs e coisas do tipo, mas esse seu promete ser bem interessante se continuar assim hahahahaha

    bjomeliga ;D


    ps: só pra não perder o costume.... VC TRAIU O MOVIMENTO RIBEIRAO VÉÉÉÉIIIII!!!

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  4. é... bom, já te disse q consigo enxergar onde voce queria chegar... pessoas naturalmente se revoltam quando as coisas saem fora do planejado, mas o único modo de fazer tudo sair exatamente dentro do palnejado é controlar todas as variáveis existentes a cada momento em cada lugar de nossas vidas e de qqer um q nos afete. Se voce leu isso e passou pela sua cabeça "grande besteira! Isso é impossível", parábens. Isso é impossível! Ao menos, nunca ouvi falar de nenhum contraexemplo (a menos que voce seja onipotente e oniciente).
    Aí entra a grande habiliadde de todo ser vivo: adaptação! A situação saiu do planejado, mas é a situação; o jeito é se virar com ela e buscar o que se pode tirar de proveitoso disso. Não dá pra voltar e recriar tudo acertando os detalhes q fizeram as coisas sair do rumo! Pode-se apremder e buscar melhorar numa possível ocasião semelhante que volte a ocorrer... fora isso, ou voce se adapta e tira o melhor da situação, ou sente e fique reclamando pro resto da vida, q isso não mudará em nada...
    Eu defendo a opiniao que nossas escolhas e atitudes refletem suas consequencias sobre nós. Isso podemos controlar (pelo menos, podemos tentar). Já a influencia externa, o jeito é estar pronto pro que der e vier!!

    ... podia mudar isso de "comentario" pra "anexo"... escrevi demais!!

    Beijo!!

    PS: qqer coisa redundante ou erros, deixo registrado q nao revi o que escrevi! ;)

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  5. Meu, Vc escreve assim, Ama a Disney (tá, isso tdo mundo ama), Dança Forró, Gosta de musicais... Então, eu repito: O que você está fazendo nas exatas moça? É pq agora é questão de honra? =P

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  6. por vias de informação... e me intrometendo na conversa... muita gente de exatas possuem as mesmas caracteristicas!

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  7. hahaha de fato, muita gente das exatas possuem tais características... claro, não é tão fácil achar, mas tem sim...

    e sim, é uma questão de HONRA.
    mas também porque na hora que eu visto um jaleco e quando (finalmente) o que eu tenho que fazer dá certo vale muito a pena.

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  8. Querida amiga, Colgate.
    Primeiro, eu queria dizer que adorei o seu blog, ficou realmente a sua cara, o template é lindo.
    Agora parando de enrolar um pouco, lá vou eu, li seu post e pensei um pouco sobre ele. Fiquei feliz que vc pense assim, mesmo! Vejo que muita coisa mudou desde a última vez que nos falamos, e isto é ótimo, acho que está certa quando diz que "tudo bem" aceitar quando as coisas saem de maneira inesperada.
    São universos diferentes como vc disse, e a distância entre os corpos é intransponível. Isto me lembra um poema do Manuel Bandeira que diz:
    "Arte de Amar
    Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
    A alma é que estraga o amor.
    Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
    Não noutra alma.
    Só em Deus — ou fora do mundo.
    As almas são incomunicáveis.
    Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
    Porque os corpos se entendem, mas as almas não."
    Para mim, o que ele quis dizer foi que nossas expectativas com relação ao outro alguém é que nos frustra, esperamos algo eterno, quando, na verdade, só precisamos de algo que valha a pena. Assim, aceitar o inesperado é uma forma de lidar com esta frustração, é aceitar o outro pelo o que ele é, e não pelo o que queríamos que ele fosse.

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