Tim-tim
Fim de ano é sempre a mesma coisa. Um acúmulo de tantos
fins e expectativas em começos. E nem adianta negar, todos fazemos isso. Todos paramos
em algum momento para refletir como foi o ano e pelo menos fazer aquele
pensamento positivo pra tudo o que deseja pro ano que se inicia.
Não acho que os anos foram feitos por uma questão de organização
apenas, por uma divisão de horas, dias, meses e 4 estações. Acredito que os
anos vão e vem para que o homem não perca o que tem de mais forte na vida:
esperança. É isso o que move a humanidade. E por mais que saibamos que nada
muda realmente, que um novo ano é apenas a continuação do tempo e nada mais,
tudo se renova. Acho lindo e válido esse jeito que nós temos de reagir quando
se fecha um ciclo, como se tudo fosse possível.
Ainda não tenho minhas metas para 2013 – além da maior de
todas: me formar, finalmente. Mas tenho usado estes dias de dezembro para fazer
a minha retrospectiva particular de 2012. Tudo o que eu vivi e quero viver mais
e tudo o que eu passei e não quero esquecer, mas apenas não lembrar.
2012 foi um ano difícil para esta que vos escreve. Não
que “difícil” signifique necessariamente “ruim”. Mas pode-se dizer que , mesmo
terminando em par, foi um ano ímpar.
O ano só começou mesmo no final de janeiro, quando voltei
dos Estados Unidos, da minha aventura.
Curso, viagem e compras suados pra pagar, dos quais só tive o orgulho de quitar
há apenas 2 meses.
Foi tudo tão mágico que realmente voltei com a ideia
ilusória de que 2012 seria O ano da
minha vida. Não acho que foi o melhor, nem de longe. Mas eu estava certa sobre
coisas que mudariam tudo.
Academicamente foi o ano mais tenso de toda a minha
graduação. Mas finalmente acabei com todas as disciplinas que me causavam
problemas e é o que me deixa mais orgulhosa de todo o suor e as noites mal
dormidas. Agora, depois de 5 longos anos, vejo o fim realmente próximo, consigo
quase tocar o meu canudo vazio representando a minha formação como Química. O
qual eu assumo que duvidei muitas vezes que chegaria.
Profissionalmente, cresci e cresci muito. Com o melhor
chefe que alguém poderia ter na vida e que agora, com muita tristeza tenho que
aprender a me despedir.
Fisicamente, parei o ballet, voltei pro ballet e parei de
novo. É difícil demais ter um horário fixo com tantas outras coisas para fazer.
Meu joelho parou de doer, voltou a doer, parou e voltou de novo. E acho que
esse é um ciclo sem fim.
E meus maiores gastos do ano foram com os meus olhos. Cegueta
e cheia de problemas, estou gastando uma nota com remédios apenas na esperança –
de novo ela – de ser uma pessoa com “olhos bons” em 2013.
Na minha vida sentimental, vivi o fim de algo que estava
comigo há quatro anos e que acreditei que era pra sempre. Mas como diz a música
“o pra sempre sempre acaba”.
E sem prever, imaginar ou mesmo desejar, eu me apaixonei
de novo. Loucamente, com todas as minhas forças, abrindo o meu coração
machucado mais uma vez, sem medir as consequências. Foi lindo! Claro que cada
paixão é única, mas foi insanamente forte. Arrisco a dizer: mais forte do que
qualquer anterior, mas porque eu mesma acabei deixando, me permiti, me iludi.
Quanto mais forte você joga – ou se joga – mais forte volta pra você também. Foi
uma paixão que vivi por pouco tempo. Mas viveria de novo, mesmo com todas as
ilusões. Porque pelo sim e pelo não, foi o sal do meu ano. E eu agradeço por
ter algo para pensar e sentir. E viver. Porque a vida vai muito além das minhas
provas, trabalhos e remédios.
Não tenho medo de deixar as coisas acontecerem. Meu único
medo é de que elas não aconteçam.
Então hoje, o meu desejo de ano novo é que 2013
simplesmente aconteça!
Pelo menos tente ir nos espetáculos de dança!!
ResponderExcluirHahahahahahhaa.. Inclusive, hoje às 18:30hs, o pessoal da sua classe de ballet do teatro, assitirão ao espetáculo! Se você puder, apareça! Abraço.