Ele é meu ex... mas é meu amigo!

sexta-feira, 22 de junho de 2012



Não sei se eu acredito em amizade pós-namoro. Já defendi muito isso, mas preciso dar o braço a torcer que não. Não sei se tem como.

Não estou dizendo que a pessoa namora por 6 anos e depois que acaba precisa esquecer que existe. De forma alguma. Você compartilhou uma parte da sua vida com o outro (e muitas outras coisas). Chega a ser uma falta de respeito cortar relações totalmente depois do fim – claro dependendo das condições do término é necessário. Mas a palavra “amizade” eu desconfio mesmo. Quem sabe, talvez, depois de muito tempo, anos, com a vida dos dois já tendo tomado seus rumos, pode ser que o contato casual evolua.

Na maioria das vezes quem quer continuar “amigo” depois que acaba é por não ter aceitado o fim por completo. Um relacionamento de verdade vai muito além de namorados, existe amizade mesmo. Então, manter esse lado é uma forma de não deixar o relacionamento acabar por inteiro. Falo isso por experiência própria.

Hoje me dou bem com dois dos meus três ex-namorados. Mas percebi que “me dar bem” é diferente de “ser amiga”. Não há cumplicidade total, troca de experiências, compartilhamento, convivência. O que ficou foi o respeito, o carinho, as lembranças. Mas toda vez que tenta aumentar o vínculo fica difícil de novo. Acredito ser pelo motivo de já ter vivido tanto junto, de saber tanta coisa. Tem como ser amigo de alguém que já passou essa barreira?
E como eu queria estar errada!

Já cheguei a me perguntar: “mas eu não sinto mais nada por ele nesse sentido, e nem ele por mim. E a gente se dá super bem... por que não conseguimos estreitar mais o contato de novo?”. A conclusão que eu chego é “porque não faço mais parte disso”. 

Ligar no dia do aniversário, trocar aquele “oi, tudo bem, como vai” no Skype, até marcar uma cerveja com os amigos (no caso de ter amigos em comum) casualmente é aceitável.
Mas, visitas constantes, “comprei esse negocinho porque lembrei de você”, ligações depois das 22h, sms de “bom dia” e “vamos sair pra um barzinho, eu, você, minha namorada e seu namorado” é completamente dispensável. Amiguinhos, amiguinhos, ex-namorados à parte. A não ser que haja outras intenções na reaproximação pela amizade.

Para não parecer tão radical quanto ao assunto, uma situação em que acho que a amizade pode funcionar bem é quando já eram muito amigos antes do relacionamento. Algumas pessoas conseguem voltar, mas ainda assim é preciso ter cuidado.

É preciso saber colocar um limite nas coisas. Já vi casais tentando manter uma “super amizade” que não deu em nada. Como mantinham muito contato, acabavam ficando vez ou outra, mas não queriam voltar. Só que, como não se deixavam, também não permitiam evoluir nada com outra pessoa. Enfim, é um ciclo. E nem precisa dizer que acabou com um dos dois machucados né!? Porque “amigos-ficantes-ex” é uma situação muito confortável até um dos dois encontrar alguém que resolva assumir algo a mais e deixar o outro chupando dedo. Afinal, mulher nenhuma e homem nenhum aceita um(a) “ex-superamigo(a)” pendurado.

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